Veterinários indicam como prevenir e tratar zoonoses.
MARIA INEZ MAGALHÃES
Niterói - Ter um animal requer muito mais que
amor: é preciso muito cuidado. Afinal, nossos filhos de quatro patas podem
transmitir doenças graves, que podem até matar. São as chamadas zoonoses.
No caso da leishmaniose visceral, o cão é o
principal reservatório do parasita. No entanto, ela é transmitida ao homem pela
picada de um inseto conhecido como mosquito palha. Assim, o bicho que voa pica
o bicho que late e depois o bicho Homem.
Em humanos os sintomas são: febre por mais de sete dias,
palidez e aumento do baço e do fígado. Nos cães são febre irregular, apatia,
emagrecimento e lesões cutâneas (geralmente no focinho, orelhas e
extremidades).
Outra zoonose, a esporotricose é uma micose causada
por fungo. Mais comum em gatos, pode atingir também os cães. A contaminação se
dá por mordidas ou arranhões e pelo contato com lesões de animais doentes.
Tipo, você faz um carinho no bichano e ‘tá lá um corpo estendido no chão’.
Os gatos apresentam nódulos e úlceras que podem
estar recobertas por crostas. Nos homens aparecem nódulos que podem aumentar de
tamanho e acometer vasos linfáticos. Castrar o gato é uma das principais
recomendações para evitar a doença.
Muita gente pensa ainda que o gato é o principal
transmissor da toxoplasmose. Não é, mas podem contribuir para a proliferação
dela porque são os únicos capazes de eliminar o parasito nas fezes contaminando
o solo e água. Os felinos se infectam principalmente ao ingerirem roedores e
aves.
A toxoplasmose no ser humano pode causar problemas
oculares, inclusive cegueira, além de outros males. Em gestantes pode causar
problemas no feto e até aborto. Medidas simples como lavar os alimentos antes
de consumí-los, ingerir carnes bem cozidas, leite fervido ou pasteurizado,
lavar sempre as mãos evita a contaminação.
Mulheres devem fazer a testagem sorológica quando
planejam engravidar e durante o pré-natal.
As dicas são dos veterinários da Fiocruz Sandro
Antônio Pereira, Isabella Dib Ferreira Gremião e Rodrigo Caldas Menezes.
Tire sua dúvida
Alda Macedo, Icaraí: Tenho uma coelha.
Elacorre risco de desidratar devido ao calor?
Sávio Freire Bruno, veterinário: Coelho doméstico é
de origem europeia e precisa de alternativas para se adaptar ao calor. Mantê-lo
em ambiente climatizado ou arejado, como varanda — desde que não bata sol—, e
dar água fresca (não gelada) e alimentos frescos, amenizam o calor.
Me leva?!
Sou uma menina entre 5 e 6 meses e estou prontinha
para ser adotada. Se quiser me dar um lar e me amar mande e-mail para
paulasimor@gmail.com. Tenho certeza que seremos felizes juntos! Prometo.
Banho seco
A crise hídrica trouxe novidade para os animais: o
banho seco dado com produtos para esse tipo de higiene. Eles contêm
neutralizadores de odor e hidratantes, são em spray ou gel e podem ser aplicados
com toalha ou gaze. Mas, antes, é bom escovar os pelos. Lenços umedecidos
também auxiliam na limpeza do animal depois de fazer as necessidades. As dicas
são da Pet Center Marginal/Petz (SP).
Atendimento popular
O Hospital Veterinário do Centro Universitário
Anhanguera de Niterói fez 3.600 atendimentos de janeiro a dezembro de 2014 a
animais domésticos das comunidades de Itaboraí, onde fica o curso de Medicina
Veterinária. Além das consultas, também são realizados exames complementares
como raio-X, ultrassonografia e laboratoriais. As consultas têm preços
populares: custam entre R$ 10 e R$ 20 e devem ser agendadas pelos 3803-0698 ou
2635-6143. O hospital fica na Estrada Cabuçu s/n, Caluge, Itaboraí.
Comida e água
O kit de comedouro para gatos dá maior comodidade e
higiene ao animal na hora de comer evitando que o bichano derrube a comida no
chão, o que é comum acontecer. Vem com uma bandeja, que tem bordas na laterais
para que o líquido não escorra, e dois potes: um para comida e outro para água.
Custa R$ 54,90 no shoptime.com.br.
Fonte: O Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário