Alerta
é da Fundação Oswaldo Cruz destacando ainda que a situação se agravou no início
do ano. No estado do Rio o estoque de doses para março está quase zerado.
(imagem da internet, meramente ilustrativa) |
A vacina
Bacillus Calmette-Guérin (BCG), responsável pela imunização de recém-nascidos
contra a tuberculose, pode faltar em diversos estados brasileiros, disse nesta
sexta-feira o coordenador do Observatório Tuberculose Brasil, Carlos Basília.
Ligado à Fundação Oswaldo Cruz, o observatório monitora políticas públicas de
controle da tuberculose no país.
Basília
explicou que o fornecimento da vacina está sendo feito de forma intermitente
pelo Ministério da Saúde desde o ano passado e que a situação se agravou no
início deste ano. No estado do Rio de Janeiro, segundo ele, a Secretaria de
Saúde recebeu 30% do quantitativo de uso mensal, e o estoque de doses para
março está quase zerado.
“Vai faltar
vacina nas unidades de saúde. Até recebermos a nova cota, haverá 30 dias, no
mínimo, de desabastecimento nas unidades da vacina para recém-nascidos. É um
retrocesso, já que a forma mais grave da tuberculose atinge justamente a
criança e o adolescente”, disse ele, ao se referir à tuberculose meningocócica.
Em nota, a
Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro confirmou que o envio de imunobiológicos,
incluindo vacinas e soros, vem ocorrendo de forma intermitente desde o ano
passado, sempre com quantitativo abaixo do solicitado, particularmente de BCG,
(vacina contra difteria e tétano (dT), tetravalente (contra difteria, tétano,
coqueluche, meningite e outras infecções causadas pela bactéria Haemophilus
influenzae tipo b) e, mais recentemente, doses contra a febre amarela.
“Diante do
atraso na entrega de imunobiológicos e do fornecimento em quantidade inferior
às solicitadas pelos municípios, não é possível garantir que não haverá falta
nos municípios”, explicou a secretaria no comunicado.
A
Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que, na tentativa de evitar o
desabastecimento da vacina BCG, a dose deixou de ser aplicada diariamente nas
98 salas de imunização – cada centro agora informa os pacientes sobre os dias
em que a vacina é aplicada. Ainda de acordo com o órgão, até o momento, não foi
registrado desabastecimento na região. “A mudança foi implantada seguindo
orientação do Ministério da Saúde, que emitiu alerta sobre a possibilidade de
desabastecimento do produto em todo Brasil”, destacou o órgão.
A
tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente
os pulmões. Anualmente, são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em
todo o mundo, levando mais de 1 milhão de pessoas à morte. No Brasil, a
tuberculose é considerada um sério problema da saúde pública. A cada ano, são
notificados aproximadamente 70 mil novos casos e 4,6 mil mortes. O Brasil ocupa
o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de
tuberculose no mundo.
O
Ministério da Saúde está fazendo uma avaliação das demandas dos estados para
ver como restabelecer os estoques.
EBC
Fonte: O Fluminense
http://www.ofluminense.com.br/editorias/ciencia-e-saude/estado-do-rio-pode-ficar-sem-vacina-de-imunizacao-contra-tuberculose
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