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Um pedestre ou peão é uma pessoa que viaja a pé, seja andando ou correndo. Na atualidade, o termo
se refere ao transeunte caminhando numa via, mas historicamente na Europa esse pode não ser o caso.
Histórico
Durante os séculos XVIII e XIX, o pedestrianismo era um desporto popular
tal como ohipismo ainda o é. Um dos mais famosos
pedestres da época era o capitão Robert
Barclay Allardice, conhecido como "O Pedestre Ilustre", de Stonehaven.
Seu feito mais impressionante foi andar uma milha por
hora, durante 1000 horas, o qual ele realizou entre 1 de Junho e 12 de Julho de 1809.
Seu feito cativou a imaginação do público e cerca de 10.000 pessoas vieram
vê-lo durante a realização do evento. Durante o restante do século XIX,
tentativas de repetir este particular desafio atlético foram feitas por muitos
pedestres, incluindo a renomada Ada
Anderson que levou a ideia ainda mais adiante e andou 1/4 de
milha a cada quarto de hora durante as 1000 horas.
Depois do século XIX, o interesse no pedestrianismo
decaiu. Embora ainda seja um desporto olímpico, ele não é mais capaz de captar a
atenção do público da forma que costumava fazer. Todavia, pedestres ainda estão
realizando façanhas a pé, tais como a popular caminhada de Land's End a John o' Groats, no Reino Unido, ou a travessia daAmérica do Norte de
costa a costa. Estes feitos são frequentemente atrelados ao levantamento de
fundos para caridade, e tem sido
realizados por celebridades tais comoSir Jimmy
Savile ou Ian Botham bem
como por pessoas totalmente anônimas.
Saúde e
meio-ambiente
Caminhar regularmente é muito importante tanto para
a saúde de uma pessoa quanto para o meio ambiente. A obesidade e problemas médicos
relacionados podem ser efetivamente evitados e/ou curados com caminhadas
diárias. O hábito disseminado de pegar o carro para "viajar" até a padaria ou lanchonete, contribui significativamente para
a obesidade e as mudanças climáticas,
devido ao fato de que as emissões do motor de
combustão interna do veículo são extremamente poluentes durante
seus primeiros minutos de operação. A ampla disponibilidade de transporte público encoraja
a caminhada, já que ele não pode, na maioria dos casos, levar alguém
diretamente até o local de destino.
Vias
Hoje em dia, as vias frequentemente possuem um
passeio anexo, desenhado especialmente para trânsito de pedestres, denominado
"calçada". Existem também passeios não associados a uma via, os quais
são usados apenas por pedestres, particularmente ambulantes, andarilhos e excursionistas,
e existem vias não associadas a um passeio. Os passeios em área montanhosas e
arborizadas são chamadas trilhas. Em algumas das últimas e nas vias rurais, os
pedestres compartilham a pista de rolamento com cavalos e veículos, enquanto em outras eles são
proibidos de utilizar a estrada conjuntamente. Também, algumas ruas comerciais
servem exclusivamente a pedestres. Algumas vias possuem passagens de pedestres
sinalizadas, que devem ser utilizadas preferencialmente na travessia da pista
de rolamento. Uma ponte projetada somente para pedestres recebe o nome de
passarela.
"Pedestrianização"
Na Europa e nos Estados Unidos, esforços têm sido feitos por
grupos de defesa dos pedestres para restaurar o acesso dos mesmos às novas
vias, especialmente para se contrapor aos 20% ou 30% dos novos empreendimentos
que não incluem calçadas. Alguns ativistas advogam grandes zonas sem automóveis
onde apenas pedestres ou pedestres e alguns veículos não-motorizados sejam
permitidos. Muitos urbanistas têm elogiado as virtudes das ruas de pedestres em
áreas urbanas.
Todavia, muitas ruas urbanas nos EUA carecem de iluminação pública (postes
de luz), baseado no raciocínio de que os automóveis possuem faróis para
iluminar o próprio caminho. Uma exceção é a cidade de Nova York, a única localidade nos Estados
Unidos onde mais da metade de todos os domicílios não possuem um automóvel (a
cifra é ainda maior em Manhattan, mais de 75%;
nacionalmente, a taxa é de 8% [1]). Esta política restringe severamente ou
proíbe efetivamente o tráfego de pedestres e contribui para o uso excessivo de
automóveis em viagens de curta distância.
Em contraste, o tráfego de pedestres é oficialmente
encorajado em algumas partes da União Europeia e a construção ou
separação de rotas de passeio dedicadas recebem uma alta prioridade na maioria
dos grandes centros urbanos europeus, frequentemente em associação com
melhorias no transporte público.
Em Copenhague, a maior área de compras para
pedestres no mundo, a Strøget, tem se
desenvolvido ao longo dos últimos 40 anos graças principalmente ao trabalho do
arquiteto dinamarquês Jan Gehl.
A promoção do pedestrianismo tem estado ligada à
reconstrução do capital social.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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