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segunda-feira, 9 de março de 2015

Botão do Pânico é acionado em pleno Dia Internacional da Mulher

Autor: Natalia Devens | ncosta@redegazeta.com.br

No ano passado, foram seis acionamentos e sete prisões, enquanto que em 2013 ocorreram 11 chamados e 4 pessoas presas.


Na data em que é lembrado o Dia internacional da Mulher, mais uma vítima de violência doméstica no Estado precisou recorrer ao botão do pânico para não ser agredida por seu ex-companheiro. 

Por volta das 4 horas da madrugada deste domingo (8), uma moradora do Centro de Vitória acionou o dispositivo, pois o agressor a ameaçava com uma faca. Em cerca de dez minutos a Guarda Municipal chegou até a casa da vítima, iniciou uma perseguição ao agressor, mas o homem conseguiu fugir. 


Neste ano de 2015, o botão do pânico já foi acionado em outras duas ocasiões, em Vitória, e em uma delas resultou na prisão em flagrante do acusado. Duas ocorrências foram neste mês de março e a outra em fevereiro.

No ano passado, foram seis acionamentos e sete prisões, enquanto que em 2013 ocorreram 11 chamados e 4 pessoas presas, de acordo com a coordenadora do Instituto Nacional de Tecnologia Preventiva (INTP), Franceline Aguiar. Hoje, os botões do pânico estão com 100 mulheres que estão sob medidas protetivas concedidas pela 11ª Vara Criminal de Vitória. 

Em todo Estado, cerca de 20 mil mulheres vivem com medidas protetivas em virtude da violência sofrida. O Espírito Santo ocupa atualmente o segundo lugar entre os Estados brasileiros no ranking de homicídios de mulheres, após ter sido apontado como o mais violento nos últimos dez anos.

Somente nos primeiros dois meses de 2015, 24 mulheres foram assassinadas no Espírito Santo. No ano de 2014, ao todo, foram 139 feminicídios. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), dão conta de que 80% dos homicídios femininos são cometidos por companheiros ou ex-companheiros e 54% desses crimes são passionais ou de intolerância.

A procuradora e coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Ministério Público Estadual, Catarina Cecin Gazele, salienta que o julgamento das ações penais cujas vítimas são mulheres ainda têm demorado muito. Por isso, hoje os promotores estão pedindo preferência de processo e julgamento para que as sentenças saiam mais rápido.

“Um crime de lesão corporal leve, por exemplo, está demorando mais de um ano. Deveria demorar uns seis meses, no máximo, para se ter a absolvição ou a condenação. Sobre medida protetiva de urgência, a lei dá 48 horas para encaminhamento do pedido da delegacia ou do Ministério Público para o juiz em favor dessa mulher em situação de risco e dá mais 48 horas para o juiz decidir. Isso é um absurdo, mas está na lei. É algo que precisa ser mudado”, disse à Rádio CBN Vitória. 

Para diminuir o número de processos envolvendo violência contra a mulher que ainda estão sem julgamento, acontece em todo país a Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa. No Espírito Santo, espera-se que sejam julgados cerca de 850 processos na Grande Vitória e no interior do Estado.
  
Fonte: Gazeta Online


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