Enfermeiros da UPA (Unidade de
Pronto Atendimento) de Três Lagoas trabalham de preto nesta segunda-feira (20) em manifestação contra a prefeitura
do município. A classe espera
o agendamento de uma reunião para discutir melhorias no setor e aumento salarial desde fevereiro deste ano.
De acordo com João Carvalho, presidente do SETASP (Sindicato dos
Enfermeiros, Técnicos e Auxiliadores de
Enfermagem do Serviço Público), uma pauta foi encaminhada a prefeita Márcia Moura em
fevereiro, porém, foi ignorada. “Não nos procuraram para ouvir as reivindicações, por isso optamos pela
manifestação”, disse.
Carvalho disse também que paralisações e até mesmo uma greve não
estão descartadas se a prefeitura insistir em não “dar ouvidos” aos
trabalhadores da área da saúde. “Claro que não gostaríamos de chegar a
esse ponto, porém são os nossos últimos recursos e se for necessário vamos
colocá-los em prática sim”, destacou.
Atualmente, o que mais incomoda os enfermeiros, técnicos e
auxiliadores é a diferença
nos salários, que chaga a ser exorbitante. De acordo com Carvalho, a diferença no salário de profissionais da mesma
categoria chega 25%. “Não existe um piso salarial que possa ser aplicado no município e isso não é
justo. Hoje, não temos definido
um percentual de aumento, porém, queremos a equalização do salário”, pontuou.
Além da diferença salarial os cafés da manhã e da tarde foram
cortados pela prefeitura que alegou retenção de gastos. Até mesmo copos descartáveis foram
retirados. “Quem quer beber
água precisa levar o copo de casa”, disse o presidente do sindicato.
Outro agravante é que desde que
o PAB (Pronto Atendimento Básico) foi fechado, há dois anos, a UPA enfrenta superlotações diárias.
O serviço básico, por exemplo, que era feito no PAB hoje é atendido pelo pronto atendimento. “Os
profissionais estão sobrecarregados,
e, infelizmente, a população acaba sendo prejudicada porque o tempo de espera para atendimento aumentou.
Atendemos a cidade toda”, completou.
Fonte: Correio do Estado
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