No Rio, 36% dos pacientes levam dois anos sofrendo.
(imagem da internet*) |
Rio - Na cidade do Rio de Janeiro, 36% dos pacientes com artrite levam
pelo menos dois anos para receber o diagnóstico e, portanto, o tratamento
correto. A taxa está acima da média nacional (25%).
Especialistas alertam que a
demora, além de causar sofrimento com as dores, traz sequelas, como limitações
nos movimentos.
O alerta é da pesquisa ‘Não ignore sua dor: pode ser artrite
reumatoide’, feita pela Pfizer com 200 pacientes. Os participantes procuraram,
em média, três médicos até a obtenção do diagnóstico. Em muitos casos, o
processo pode levar mais de cinco anos.
O reumatologista Cristiano Zerbini,
coordenador médico do levantamento, aponta que o paciente sente fortes dores e,
se não receber o tratamento imediato, pode sofrer com a alteração na estrutura
das articulações e até com dificuldade de locomoção.
“A dor é tanta que é como se houvesse um prego na articulação”, aponta.
“Se for diagnosticada no início, é possível controlar a doença e não
comprometer as articulações”.
Segundo Zerbini, o diagnóstico demora porque, na fase inicial, os
sintomas são pouco específicos, como dor no joelho ou rigidez nas mãos ao
acordar, por exemplo.
Além disso, raramente o paciente pensa em procurar o
reumatologista, melhor especialista para detectar o mal.
Como as deformidades físicas demoram a aparecer, 51% dos entrevistados
disseram que alguém já duvidou de que estivessem realmente doentes, e outros
48% foram acusados de ‘corpo mole’.
Além do Rio, participaram do estudo São
Paulo, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Dependência dos outros é problema
Para 18% dos pacientes, depender de outra pessoa é a experiência mais
difícil da doença. Antes do diagnóstico, 84% tinham a autoestima elevada. Com a
progressão do quadro clínico, a proporção caiu para 64%.
Além disso, 27% têm
dificuldade para se olhar no espelho e 16% admitem que sentem vergonha do
próprio corpo.
A artrite reumatoide é uma doença autoimune e afeta principalmente
mulheres entre 40 e 55 anos. A Pfizer lançou no país um novo remédio para
tratar o mal, o Xeljanz.
O fármaco é de uso oral, ao contrário dos usados
atualmente, que são injetáveis.
Fonte: O Dia
* imagem da internet, de caráter meramente ilustrativo
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