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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Artrite demora a ser diagnosticada


No Rio, 36% dos pacientes levam dois anos sofrendo.


(imagem da internet*)
Rio - Na cidade do Rio de Janeiro, 36% dos pacientes com artrite levam pelo menos dois anos para receber o diagnóstico e, portanto, o tratamento correto. A taxa está acima da média nacional (25%). 

Especialistas alertam que a demora, além de causar sofrimento com as dores, traz sequelas, como limitações nos movimentos. 

O alerta é da pesquisa ‘Não ignore sua dor: pode ser artrite reumatoide’, feita pela Pfizer com 200 pacientes. Os participantes procuraram, em média, três médicos até a obtenção do diagnóstico. Em muitos casos, o processo pode levar mais de cinco anos.

O reumatologista Cristiano Zerbini, coordenador médico do levantamento, aponta que o paciente sente fortes dores e, se não receber o tratamento imediato, pode sofrer com a alteração na estrutura das articulações e até com dificuldade de locomoção.

“A dor é tanta que é como se houvesse um prego na articulação”, aponta. “Se for diagnosticada no início, é possível controlar a doença e não comprometer as articulações”.

Segundo Zerbini, o diagnóstico demora porque, na fase inicial, os sintomas são pouco específicos, como dor no joelho ou rigidez nas mãos ao acordar, por exemplo. 

Além disso, raramente o paciente pensa em procurar o reumatologista, melhor especialista para detectar o mal.

Como as deformidades físicas demoram a aparecer, 51% dos entrevistados disseram que alguém já duvidou de que estivessem realmente doentes, e outros 48% foram acusados de ‘corpo mole’. 

Além do Rio, participaram do estudo São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Dependência dos outros é problema

Para 18% dos pacientes, depender de outra pessoa é a experiência mais difícil da doença. Antes do diagnóstico, 84% tinham a autoestima elevada. Com a progressão do quadro clínico, a proporção caiu para 64%. 

Além disso, 27% têm dificuldade para se olhar no espelho e 16% admitem que sentem vergonha do próprio corpo. 

A artrite reumatoide é uma doença autoimune e afeta principalmente mulheres entre 40 e 55 anos. A Pfizer lançou no país um novo remédio para tratar o mal, o Xeljanz. 

O fármaco é de uso oral, ao contrário dos usados atualmente, que são injetáveis.


Fonte: O Dia


* imagem da internet, de caráter meramente ilustrativo

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