Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro,
divulgou balanço do primeiro semestre de 2015 do Fies, ao lado do secretário
executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa Wilson Dias/Agência Brasil
O Ministério da Educação não tem
dinheiro para assinar novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil
(Fies) neste semestre, disse o secretário executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa.
Ele informou que o ministério não foi notificado da determinação judicial para reabertura do prazo de
inscrições e adiantou que recorrerá da decisão.
Luiz Cláudio explicou que “mesmo que [o prazo
para inscrições] seja reaberto, será inútil”, porque foram reservados R$ 2,5
bilhões para o Fies; o limite foi atingido e não será possível financiar novos
contratos neste semestre.
O Fies registrou 252.442 novos
financiamentos em instituições privadas de ensino superior, segundo balanço do
ministério. O prazo para novos contratos foi encerrado no último dia 30 e mais
de 500 mil candidatos buscaram o financiamento.
O ministro da Educação, Renato Janine
Ribeiro, disse que o número superou a expectativa de 250 mil novos contratos.
Os cursos mais procurados foram engenharia, com 46.981 contratos, direito
(42.717), enfermagem (16.770) e administração (15.796).
O número, explica Ribeiro, pode cair, pois os
alunos precisam comprovar as informações na Comissão Permanente de Supervisão e
Acompanhamento em cada instituição de ensino. A expectativa é que a queda seja
insignificante.
Neste ano, as normas do Fies foram mudadas.
Além obter nota superior a zero na redação, os candidatos precisaram chegar a
pelo menos 450 pontos na média das provas do Exame Nacional do Ensino Médio.
Antes, não era exigida nota mínima. Além disso, a pasta passou a privilegiar os cursos com notas mais altas na avaliação do MEC.
Antes, não era exigida nota mínima. Além disso, a pasta passou a privilegiar os cursos com notas mais altas na avaliação do MEC.
“As mudanças serviram para destacar alunos
com patamar mínimo de qualidade”, disse Ribeiro.
“Conseguimos orientar os alunos para cursos melhores e com isso terão uma melhor formação”, acrescentou referindo-se ao privilégio dado aos cursos com notas mais altas.
“Conseguimos orientar os alunos para cursos melhores e com isso terão uma melhor formação”, acrescentou referindo-se ao privilégio dado aos cursos com notas mais altas.
A porcentagem de financiamentos em cursos com
a nota máxima, 5, subiu de 8,13% no ano passado para 19,79%, enquanto nos
cursos de nota 3, mínimo necessário para que o curso funcione, caiu de 51,92%
para 41,23%.
Para renovação dos contratos em andamento, o
prazo vai até o dia 29 de maio. Faltam ser renovados 148.757 contratos.
O ministério diz ter feito contato com as instituições de ensino que têm alunos sem a confirmação do aditamento para que busquem os estudantes e verifiquem se há algum problema.
O ministério diz ter feito contato com as instituições de ensino que têm alunos sem a confirmação do aditamento para que busquem os estudantes e verifiquem se há algum problema.
O Fies oferece cobertura da mensalidade de
cursos em instituições privadas de ensino superior a juros de 3,4% ao ano.
O estudante começa a quitar o financiamento 18 meses após a conclusão do curso. O programa acumula 1,9 milhão de contratos e abrange mais de 1,6 mil instituições.
O estudante começa a quitar o financiamento 18 meses após a conclusão do curso. O programa acumula 1,9 milhão de contratos e abrange mais de 1,6 mil instituições.
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