Mais de 50% terão os
contratos cancelados até 28 de maio.
Alunos temem ter o ano letivo prejudicado por causa do cancelamento.
(imagem da internet*) |
Pelo menos
53 profissionais de educação não concursados do sistema de unidade Fundação de
Apoio à Escola Técnica (Faetec) em Petrópolis,
na Região Serrana do Rio, terão os contratos cancelados até o dia 28 de maio,
por determinação do Ministério Público Federal (MPF).
Esse número representa
mais de 50% dos trabalhadores do local, que conta com 95 colaboradores e, até
mesmo professores responsáveis pelos laboratórios de robótica, serão
dispensados.
Ao todo, o município conta com 480 alunos no ensino superior, 200
no ensino médio técnico, além dos alunos atendidos em cursos da comunidade, que
chegam a quase mil, a cada semestre. Com as demissões, os alunos temem ter as
aulas interrompidas.
A informação do cancelamento dos contratos foi anunciada pelo próprio presidente da instituição, Wagner Victer, em pronunciamento feito na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no último dia 15.
A informação do cancelamento dos contratos foi anunciada pelo próprio presidente da instituição, Wagner Victer, em pronunciamento feito na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no último dia 15.
Na ocasião, ele
informou que a principal medida para 2015 seria a criação do Portal Gestão
Acadêmica, pelo qual seria possível mapear as demandas de professores em cada
unidade e monitorar a necessidade de abertura de novos concursos. “Se o portal
já estivesse funcionando, teríamos como saber de antemão para quais setores
abrir concurso e criar o edital com antecedência”, alegou Victer.
A unidade de Petrópolis não deve ser a única prejudicada pelos encerramentos dos contratos.
A unidade de Petrópolis não deve ser a única prejudicada pelos encerramentos dos contratos.
A diretora da unidade Faeterj-Petrópolis, Lucimar Cunha, explica
que o problema irá abranger a todas as unidades do estado que possuem
profissionais não concursados.
Ela reclama que não chegou a ser comunicada do
problema e só soube do corte dos profissionais pelo comunicado feito na Alerj.
“O problema é que até agora não recebemos um posicionamento sobre a contratação de novos profissionais ou sobre concurso. Na prática, temos um problema e não temos uma solução apresentada até agora. Esperamos que o estado dê uma resposta antes do dia 28 de maio. Acreditamos que essa situação possa ser resolvida”, declarou Lucimar.
Lucas Borsato, aluno do 5º período de Tecnologia da Comunicação e Informação é uma das pessoas que serão prejudicadas. Segundo ele, a informação que foi repassada aos alunos é que 20 dos 34 professores do ensino superior serão demitidos.
Para tentar uma solução para o problema, os alunos criaram uma
Comissão Pró-Educação e conseguiram agendar uma Audiência Pública para o dia 7
de maio. Já na quarta-feira (28) eles irão se reunir com os alunos da
instituição em Três
Rios, para debater a situação dos cancelamentos de contrato.
“Pessoalmente, acho um absurdo sermos penalizado pela falta de planejamento político do atual presidente e do último presidente da instituição. Não podemos ser prejudicados por causa disso. Esperamos encontrar uma solução e vamos em busca para que isso aconteça”, declarou.
“Pessoalmente, acho um absurdo sermos penalizado pela falta de planejamento político do atual presidente e do último presidente da instituição. Não podemos ser prejudicados por causa disso. Esperamos encontrar uma solução e vamos em busca para que isso aconteça”, declarou.
Por nota, a
FAETEC ressaltou "que estuda um rearranjo de docentes, e um decreto da
Procuradoria Geral do Estado (PGE) deve ser encaminhado ao Governo do Estado,
vislumbrando a possibilidade de novas contratações temporárias, o que viria a
suprir uma eventual futura carência de professores nas unidades, de modo a não
prejudicar a grade curricular dos estudantes".
Bruno Rodrigues / Do
G1 Região Serrana
Fonte: G1
* imagem da internet, de caráter meramente ilustrativo
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