A
festa da Imaculada Conceição de 8 de dezembro foi
definida em 28 de Fevereiro 1476 pelo Papa Sisto IV. A existência da festa é um forte indício da crença da Igreja
sobre a Imaculada Conceição mesmo antes da sua definição do século XIX como um Dogma.
A Imaculada Conceição é,
segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem
mancha (em latim, mácula)
do pecado original.
O
dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi
preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a
humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria
viveu uma vida completamente livre de pecado.
A festa da Imaculada
Conceição, comemorada em 8 de dezembro,
foi definida como uma festa universal em 28 de Fevereiro de 1476 pelo Papa Sisto IV.
A Imaculada Conceição foi
solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em
sua bula Ineffabilis Deus em
8 de Dezembro de 1854.
A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por
exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como
"cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja,
como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. Uma vez que Jesus tornou-se
encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse
completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.
Fontes Bíblicas
Em sua Constituição Apostólica Ineffabilis Deus (8 de dezembro de 1854), que definiu
oficialmente a Imaculada Conceição como dogma, o Papa Pio IX recorreu
principalmente para a afirmação de Gênesis 3:15, onde Deus disse: "Eu
Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela",
assim, segundo esta profecia, seria necessário uma mulher sem pecado, para dar
à luz o Cristo, que reconciliaria o homem com Deus. O verso "Tu és toda
formosa, meu amor, não há mancha em ti" (na Vulgata:
"Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te"[6] ), noCântico dos Cânticos (4,7) é usado para defender a
Imaculada Conceição, outros versos incluem:
"Também farão uma arca de madeira incorruptível; o seu
comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e
de um côvado e meio a sua altura." (Êxodo25:10-11)
"Pode o puro [Jesus] Vir dum ser impuro? Jamais!"(Jó
14:4)
"Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível, e alisei duas
tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha
mão." (Deuteronômio 10:3)
Outras traduções para a palavras incorruptível ("Setim" em hebraico) incluem "acácia",
"indestrutível" e "duro" para descrever a madeira
utilizada. Noé usou essa madeira porque era
considerada muito durável e "incorruptível". Maria é considerada a
Arca da Nova da Aliança (Apocalipse 11:19)
e, portanto, a Nova Arca seria igualmente "incorruptível" ou
"imaculada".
História
Desde
o cristianismo primitivo diversos Padres da
Igreja defenderam a
Imaculada Conceição da Virgem Maria, tanto no Oriente como no Ocidente.
No século IV,
Efrém da Síria (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria são
limpos e puros de toda a mancha do pecado.
Já no século VIII se celebrava a festa litúrgica da
Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa de sua
natividade, comemorada no dia 8 de setembro.
No século X,
a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria.
A
festa da Imaculada Conceição de 8 de dezembro foi definida em 28 de Fevereiro 1476 pelo Papa Sisto IV.
A existência da festa é um forte indício da crença da Igreja sobre a Imaculada
Conceição mesmo antes da sua definição do século XIX como um dogma.
Em 1497, a Universidade de Paris decretou que ninguém poderia ser
admitido na instituição se não defendesse a Imaculada Concepção de Maria,
exemplo que foi seguido por outras universidades como a de Coimbra e
de Évora. Em 1617, o Papa Paulo V proibiu que se afirmasse que Maria
tivesse nascido com o pecado original, e em 1622 Gregório V impôs silêncio absoluto aos que se
opunham à doutrina. Foi em 8 de Dezembro de 1661 que Alexandre VII promulgou a Constituição apostólica Sollicitudo omnium Ecclesiarum em que definia o sentido da palavra conceptio, proibindo qualquer
discussão sobre o assunto.
Na Itália do século XV,
o franciscano Bernardino de Bustis escreveu o Ofício da Imaculada Conceição, com
aprovação oficial do texto pelo Papa Inocêncio XI em 1678. Foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876, após a definição do
dogma com 300 dias de indulgência cada vez que recitado.
Definição Dogmática
Em 8 de dezembro de 1854, Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, fez a definição oficial
do dogma da Imaculada Conceição de Maria. Assim o Papa se expressou:
"Em honra da santa e
indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para
exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a
autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e
Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta
que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por
singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus
Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de
pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser
sólida e constantemente crida por todos os fiéis"
ORAÇÃO
do Papa Francisco
à Imaculada Conceição
Elevemos nossas
preces à Imaculada, Santa Mãe de Deus e nossa Mãe!
Virgem Santa e
Imaculada,
que sois a honra do nosso povo
e a guardiã solícita da nossa cidade,
a Vós nos dirigimos com amorosa confidência.
que sois a honra do nosso povo
e a guardiã solícita da nossa cidade,
a Vós nos dirigimos com amorosa confidência.
Toda sois Formosa, ó
Maria!
Em Vós não há pecado.
Em Vós não há pecado.
Suscitai em todos nós
um renovado desejo de santidade:
na nossa palavra, refulja o esplendor da verdade,
nas nossas obras, ressoe o cântico da caridade,
no nosso corpo e no nosso coração, habitem pureza e castidade,
na nossa vida, se torne presente toda a beleza do Evangelho.
na nossa palavra, refulja o esplendor da verdade,
nas nossas obras, ressoe o cântico da caridade,
no nosso corpo e no nosso coração, habitem pureza e castidade,
na nossa vida, se torne presente toda a beleza do Evangelho.
Toda sois Formosa, ó
Maria!
em Vós Se fez carne a Palavra de Deus.
em Vós Se fez carne a Palavra de Deus.
Ajudai-nos a
permanecer numa escuta atenta da voz do Senhor:
o grito dos pobres nunca nos deixe indiferentes,
o sofrimento dos doentes e de quem passa necessidade não nos encontre distraídos,
a solidão dos idosos e a fragilidade das crianças nos comovam,
cada vida humana sempre seja, por todos nós, amada e venerada.
o grito dos pobres nunca nos deixe indiferentes,
o sofrimento dos doentes e de quem passa necessidade não nos encontre distraídos,
a solidão dos idosos e a fragilidade das crianças nos comovam,
cada vida humana sempre seja, por todos nós, amada e venerada.
Toda sois Formosa, ó
Maria!
Em Vós, está a alegria plena da vida beatífica com Deus.
Em Vós, está a alegria plena da vida beatífica com Deus.
Fazei que não percamos
o significado do nosso caminho terreno:
a luz terna da fé ilumine os nossos dias,
a força consoladora da esperança oriente os nossos passos,
o calor contagiante do amor anime o nosso coração,
os olhos de todos nós se mantenham bem fixos em Deus, onde está a verdadeira alegria.
a luz terna da fé ilumine os nossos dias,
a força consoladora da esperança oriente os nossos passos,
o calor contagiante do amor anime o nosso coração,
os olhos de todos nós se mantenham bem fixos em Deus, onde está a verdadeira alegria.
Toda sois Formosa, ó
Maria!
Ouvi a nossa oração, atendei a nossa súplica:
esteja em nós a beleza do amor misericordioso de Deus em Jesus,
seja esta beleza divina a salvar-nos a nós, à nossa cidade, ao mundo inteiro.
Ouvi a nossa oração, atendei a nossa súplica:
esteja em nós a beleza do amor misericordioso de Deus em Jesus,
seja esta beleza divina a salvar-nos a nós, à nossa cidade, ao mundo inteiro.
Amém.
Papa Francisco
*Ato de Veneração à
Imaculada Conceição na Praça de Espanha (8 de dezembro de 2013)
Fonte: ALETEIA
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(Fonte: Wikipédia)
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