Após
cinco anos de formação na Escola Diaconal Santo Efrém, 16 candidatos foram
ordenados diáconos permanentes, recebendo o primeiro grau do Sacramento da
Ordem das mãos do arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta.
A celebração aconteceu na Catedral de São Sebastião, no Centro, ontem, dia 19 de dezembro, às 8h30, com o lema: “Eu estou no meio de vós, como aquele
que serve” (Lc 22, 27).
Candidatos
São eles:
Aloysio Sérgio Fagundes de Azevedo;
Carlos
Alberto Machado Barbosa;
Carlos Augusto Santos Teixeira;
Dimas Freire Marques,
Janilson Santana da Silva;
José Lourival Amaral Júnior;
Marcio Heleno dos
Santos;
Marco Antônio Machado da Silva;
Nilson Benjamim Lobo;
Odílio dos Santos
Mendonça;
Rafael José Pezzino;
Rubens Passos Júnior;
Sérgio Alexandre Alves
Fonseca;
Vanilton Herculano da Costa;
Whertz Passos Mendes;
e Wilson Fernandes
Chaves.
A ordenação dos diáconos permanentes será precedida por um
retiro espiritual a ser realizado no Centro de Estudos do Sumaré, no Rio
Comprido, ministrado pelo padre Waldecir Gonzaga, vigário paroquial da Paróquia
São Judas Tadeu, no Cosme Velho.
Diáconos permanentes
O Sacramento da Ordem – são sete sacramentos ao todo –
divide-se em três etapas, do menor para o maior: diaconato, presbiterato e
episcopado. O primeiro se segmenta em dois grupos: os diáconos transitórios,
que almejam o presbiterato, e os diáconos permanentes: homens casados ou
solteiros que se sentem chamados a desempenhar as funções previstas ao
ministério diaconal.
Algumas das atribuições do diácono são: celebrar os
sacramentos do Batismo e do Matrimônio, distribuir a Eucaristia, ler a Sagrada
Escritura nas missas e ministrar o rito das exéquias.
Para se tornarem diáconos, os
16 alunos da Escola Santo Efrém, que funciona num prédio anexo ao Seminário
Arquidiocesano de São José, no Rio Comprido, passaram por cinco anos de
formação. O primeiro ano, chamado propedêutico, é quando os alunos aprendem
sobre o ministério diaconal. Nesse momento, a escola os avalia aptos ou não à
função. Depois, a formação continua pelos quatro anos seguintes, dedicados
ao estudo de teologia.
Testemunhos
José Lourival Amaral Júnior, 36 anos, um dos candidatos ao
diaconato, participa da Paróquia São Sebastião, em Vargem Grande, junto da
esposa, com quem é casado há dez anos, e seus dois filhos.
A sugestão de se tornar diácono partiu do pároco, padre
Ricardo Batkiewicz. A intenção é ajudá-lo no trabalho pastoral, que conta
também com o vigário paroquial, padre Jefry Roger Rivas. Assim, os três poderão
atender melhor as dez capelas da paróquia, revezarem nas celebrações de
batizado e matrimônios e participarem mais das pastorais e movimentos.
José contou que recebeu o convite com receio, mas após um
período de bastante oração, em que conversou com outros diáconos, decidiu
aceitá-lo. Em 2011, iniciou os estudos na Escola Santo Efrém.
Próximo ao momento da ordenação, o candidato afirmou que o
maior desafio será lidar, ao mesmo tempo, com os compromissos da família, do
trabalho e do diaconato. Mas que, “com responsabilidade e com confiança na
Providência Divina”, saberá “harmonizar” ambos.
“Perguntam-me o que vai mudar após a ordenação. Penso que
o que muda é como lidamos com a missão, porque o trabalho pastoral já
realizava. Começarei a servir à Igreja de outra forma, com a responsabilidade
de um ministro ordenado, uma responsabilidade para a vida toda”, disse ele.
Sérgio Alexandre Alves da Fonseca, de 38 anos, paroquiano
na Paróquia São Judas Tadeu, onde padre Waldecir é vigário paroquial, é outro
aspirante que, em breve, será ordenado. Para ele, o ministério significa “dar
um testemunho mais forte de fé para o mundo”.
Casado há 13 anos e pai também de um casal de filhos,
Sérgio considera que a família faz parte da missão: “sem o consentimento e o
testemunho da esposa, para aqueles que são casados, o ministério diaconal não
existe”.
Ele ressaltou que “o serviço é a essência do diaconato” e,
por isso, deve-se “servir de bom coração, alegre, e evangelizar ao lado das
famílias”.
(Arquidiocese do RJ)
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