Segundo Aneel,
contas de luz vão ficar, em média, 6% mais baratas. Medida entra em vigor nesta terça; em abril, não haverá cobrança extra.
(Google imagens)
A bandeira
tarifária, que aplica uma cobrança extra nas contas de luz, sai da cor vermelha
para a amarela a partir desta terça-feira (1º) em todo o país. Com a mudança, o
custo adicional para os consumidores cai de R$ 3 para R$ 1,50 a cada 100
quilowatts-hora (kWh) de energia consumidos.
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A Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que a troca da bandeira para
amarela vai gerar uma redução média de 3% no valor da tarifa de luz no Brasil
em março. Esse barateamento pode chegar a 6%, em abril, quando a bandeira irá
para verde e a cobrança extra
será suspensa.
Esta é a primeira vez desde que o sistema de bandeiras entrou em vigor, em janeiro de 2015, que a bandeira sai do vermelho, cor que indica que o custo da produção de energia no país está muito alto. A passagem para a amarela significa que a situação apresentou melhora.
Em 2015, os brasileiros pagaram um total de R$ 14,712 bilhões a mais nas contas de luz devido à cobrança da bandeira tarifária.
O governo informou que serão desligadas em março 21 usinas termelétricas, que produzem energia mais cara que as hidrelétricas. Isso foi possível, segundo o Ministério de Minas e Energia, após avaliação de três fatores combinados: consumo de energia, nível dos reservatórios e entrada de energia nova no sistema.
Bandeira verde
Em abril começa a valer a bandeira verde – que representa a
ausência de cobrança adicional nas contas de luz. Segundo o sistema, a bandeira
verde indica que a situação no setor elétrico está normal.
Na semana passada, ao anunciar que a bandeira verde entra em vigor em abril, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que a tarifa de energia elétrica "efetivamente está no ciclo de viés de baixa", ou seja, está caindo. Entretanto, ele ponderou que, se houver necessidade, usinas térmicas que já foram desligadas podem ser acionadas novamente.
"Se porventura houver um desastre no risco hidrológico brasileiro, não significa que não podemos religar térmicas. A razão de ter regime de bandeiras é que tenhamos flexibilidade para administrar melhor o custo da tarifa de energia elétrica para o consumidor", disse.
Na semana passada, ao anunciar que a bandeira verde entra em vigor em abril, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que a tarifa de energia elétrica "efetivamente está no ciclo de viés de baixa", ou seja, está caindo. Entretanto, ele ponderou que, se houver necessidade, usinas térmicas que já foram desligadas podem ser acionadas novamente.
"Se porventura houver um desastre no risco hidrológico brasileiro, não significa que não podemos religar térmicas. A razão de ter regime de bandeiras é que tenhamos flexibilidade para administrar melhor o custo da tarifa de energia elétrica para o consumidor", disse.
Hidrelétricas
O desligamento de parte das
termelétricas, que permite a mudança na cor da bandeira, é possível porque,
neste verão, vem chovendo bastante no Sudeste e no Centro-Oeste do país. As
duas regiões concentram hidrelétricas que respondem por cerca de 70% da capacidade
brasileira de geração de eletricidade.
Com mais chuvas, aumentou a
quantidade de água armazenada nos reservatórios dessas hidrelétricas. Isso
permite ao governo usar a energia das hidrelétricas para atender a uma parte
maior da demanda nacional e, consequentemente, reduzir o uso de termelétricas.
Para se ter uma ideia, de 31 de
dezembro de 2015 a 28 de fevereiro de 2016, as hidrelétricas do Sudeste e
Centro-Oeste saíram de um armazenamento médio de 29,82% para 50,69%.
Até o início do ano passado, a situação
era bem diferente: reservatórios registravam níveis muito baixos devido
à estiagem.
Outro fator que permite o desligamento
de parte das térmicas é a queda no consumo de energia no país, resultado da
crise econômica.
Contas
de luz
Assim como o uso mais intenso das
termelétricas ajudou a aumentar o preço da energia no país, o desligamento
delas – junto com a suspensão da cobrança das bandeiras – vai contribuir, em
2016, para baratear um pouco as contas de luz.
Mas ainda não é possível saber o impacto dessas decisões para os consumidores, já que esse custo varia de acordo com a distribuidora – são 63 em todo o país. Nos próximos meses, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai analisar o reajuste anual de cada uma delas.
Mas ainda não é possível saber o impacto dessas decisões para os consumidores, já que esse custo varia de acordo com a distribuidora – são 63 em todo o país. Nos próximos meses, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai analisar o reajuste anual de cada uma delas.
Porém, há ainda outros custos
pressionando o preço da tarifa elétrica no Brasil. Isso impede que a queda no
valor das contas de luz seja maior e compense os fortes aumentos registrados no
ano passado.
Entre esses custos está o repasse,
aos consumidores, dos R$ 12,9 bilhões da Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE) e o pagamento dos empréstimos
bancários feito pelo governo entre 2014 e 2015, para socorrer as
distribuidoras.
Laís Alegretti Do G1, em Brasília
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