A decisão foi tomada hoje (31), em reunião extraordinária da diretoria
da agência.
Foto: Divulgação
A bandeira tarifária
aplicada nas contas de energia elétrica em junho será a verde, ou seja, não
haverá acréscimo de valor para os consumidores. Este é o terceiro mês seguido
em que a bandeira definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é verde.
A decisão foi tomada hoje (31), em reunião extraordinária da diretoria da
agência.
Segundo a Aneel, a manutenção da bandeira verde foi possível por causa do
resultado positivo do período úmido, que recompôs os reservatórios das
hidrelétricas. Além disso, houve o aumento de energia disponível com redução de
demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico do país.
Desde que foi implementado o sistema de bandeiras
tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro de 2016, a bandeira se manteve
vermelha (com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos). Em
março, passou para amarela (com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh) e, em abril e
maio, a bandeira foi verde.
O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado como forma
de recompor os gastos extras das distribuidoras de energia com a compra de
energia de usinas termelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de
luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia elétrica, em função
das condições de geração de eletricidade.
Por exemplo, quando o nível dos reservatórios das usinas
hidrelétricas está mais baixo, por causa da falta de chuvas, é preciso aumentar
o uso de usinas termelétricas para garantir a energia necessária para o país.
Como a energia gerada por termelétricas é mais cara, o custo da energia fica
maior, e a bandeira tarifária passa a ser amarela ou vermelha. Segundo dados do
Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível dos reservatórios das regiões
Sudeste e Centro-Oeste está atualmente em 56,6% de sua capacidade máxima.
De acordo com a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo
extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que era
incluído na conta de energia, sem acréscimo no reajuste tarifário anual das
distribuidoras. Segundo a agência, a bandeira torna a conta de luz mais
transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia
elétrica de forma mais consciente.
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