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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Prefeituras do Estado têm mais de 300 câmeras que não vigiam nada.


Ligação das câmeras depende das prefeituras e Estado.


(Divulgação - imagem meramente ilustrativa)

Mais de 300 câmeras de videomonitoramento não estão funcionando em algumas cidades que participam do Programa do governo “Olho Digital”, que prevê um reforço na segurança por meio de câmeras nas ruas. Três anos após a assinatura dos convênios, o número de equipamentos foi reduzido de 1.000 para 880 câmeras, e duas cidades alegam que ainda não receberam nenhuma delas. Na maioria dos casos, falta a contrapartida do município para os equipamentos estarem aptos a funcionar.


Ao todo, 71 câmeras ainda não foram entregues e 239 não foram instaladas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), segundo as prefeituras. No entanto, para que isso seja feito, o governo argumenta que depende da contrapartida do município de estruturar uma central de videomonitoramento para receber as imagens captadas.

No “Olho Digital”, a Sesp é responsável por fornecer a infraestrutura de recepção e captação de sinais, além de treinamento para as equipes e manutenção do sistema. Já às prefeituras cabe montar as centrais de videomonitoramento e disponibilizar uma equipe operacional.


Em Vila Velha, como a promessa é de que a central de videomonitoramento seja inaugurada somente na próxima quarta-feira, as 100 câmeras previstas no programa foram entregues, mas ainda não estão ativas. “Com o novo centro operacional, vamos retomar o processo para que efetivamente as 100 câmeras estejam funcionando”, garante o secretário municipal de Prevenção, Combate à Violência e Trânsito, Alexandre Ramalho.

 

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Na Grande Vitória, dos cinco municípios, somente Serra e Viana estão com todas as câmeras funcionando. Na Capital, das 100 previstas, 17 estão fora de operação. Segundo o secretário de Segurança Urbana de Vitória, Fronzio Calheira, elas não estão funcionando porque a geografia do município dificulta a transmissão das ondas de rádio e essa é uma questão pendente.


No interior do Estado, o município de Marechal Floriano alega que já reservou a área para implantação da central de videomonitoramento, mas ainda não teve retorno do governo sobre as 20 câmeras previstas. Mas, segundo a Sesp, o município não manifestou interesse após a assinatura do convênio. Em Castelo, a central custou R$ 170 mil, segundo a prefeitura, e o governo aguarda a finalização das intervenções municipais para entregar as câmeras.


O subsecretário de Gestão Estratégia da Sesp, coronel Gustavo Debortoli, garante que todas as 880 câmeras previstas inicialmente foram entregues e instaladas - Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, e Colatina, no Noroeste, pediram uma redução total de 120 câmeras alegando escassez de recursos.


Com isso, o “Olho Digital” passou por uma adequação no final de 2015, e o custo do programa caiu para R$ 35,6 milhões.


Da lista de 18 cidades participantes do programa no início, 16 cumpriram a contrapartida do convênio e receberam os equipamentos, segundo a Sesp. Somente as cidades de Marechal Floriano e Castelo não receberam porque não cumpriram o contrato ou ainda não comunicaram a existência da estrutura exigida de contrapartida.


Sobre o atraso na efetivação do programa, o subsecretário esclarece que foi causado por uma “série de percalços”. “Tivemos que esperar licenças ambientais para a instalação dos postes, a energização desses postes, centrais ficarem prontas, e houve demora na definição dos locais de instalação”.

 

Wesley Ribeiro | wribeiro@redegazeta.com.br









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