Darci Vargas, 46, começou a trabalhar como feirante aos 16 anos,
quando o pai adoeceu e ele precisou assumir a banca de verduras, legumes e
frutas da família, em Bom Jesus (ES). Aos 22, abriu uma distribuidora e passou
a vender os mesmos produtos para hortifruti do Estado e do Rio de Janeiro.
Cansado de atravessar as madrugadas nas rodovias do Estado para
buscar verduras frescas diretamente dos produtores ou do Ceasa, decidiu mudar
de área 10 anos depois. "Eu percebi que aquela rotina estava acabando com
a minha saúde."
Nesse período, a família já morava em Itaperuna (RJ) e ele
resolveu abriu uma unidade da franquia Prepara Cursos, especializada em cursos
profissionalizantes voltados principalmente para a classe C, e investir nesse
novo segmento.
Dono de 6
escolas e coordenador de 41
Hoje ele é dono de seis escolas da rede e coordenador de mais 41
unidades que a franquia tem no Rio de Janeiro. Isso lhe garante um faturamento
anual de R$ 4,6 milhões -R$ 4 milhões das suas escolas e R$ 600 mil pela
coordenação. O lucro das escolas gira em torno de 30% do valor do faturamento.
O investimento inicial para abrir uma unidade da franquia é a
partir de R$ 50 mil para a Prepara Express, minifranquia para cidades com até
30 mil habitantes, e a partir de R$ 100 mil para a Prepara Center. O valor
inclui taxa de franquia, capital de giro e custo de instalação.
O faturamento médio mensal de uma unidade é de R$ 25 mil e R$ 50
mil, respectivamente, e o lucro médio mensal é de 30% do faturamento (R$ 7.500
e R$ 15 mil). O retorno do investimento vem a partir de 18 meses. Os dados
foram fornecidos pela empresa.
Entre os cursos que a rede oferece, estão webdesign,
secretariado, rotinas administrativas, turismo e preparatório para o Enem
(Exame Nacional do Ensino Médio). Eles custam a partir de R$ 89,90.
Oportunidade
surgiu por acaso
Vargas diz que conheceu a franquia em uma viagem que fez com a
filha a Brasília. "Eu a estava esperando no hotel e vi uma movimentação em
um auditório. Era o Rogério Gabriel, presidente da rede, apresentando o negócio
para um grupo de empresários. Eles me convidaram para entrar, eu aceitei,
conheci a empresa e quis arriscar."
Ele afirma que, na época, a rede tinha apenas quatro unidades no
Rio. No ano seguinte, em 2009, ele abriu a sua primeira escola. "De lá
para cá, minha veia empreendedora foi aflorando e eu venho atuando diretamente
no projeto de expansão da escola."
No ano passado, a rede faturou R$ 305 milhões e espera um
crescimento de 22%, em 2016. Segundo Vargas, o Rio de Janeiro representa 20%
desse faturamento.
Empresário
treina funcionários para empreender
Vargas diz que, para manter um bom nível de desempenho no
negócio, ele, além de treinar os novos franqueados, também incentiva os
funcionários a empreender.
"Atualmente temos quatro ex-funcionários no comando de suas
próprias unidades. O que mostra que qualquer um pode empreender. Basta ter a
orientação certa e disposição para crescer."
Redes
incentivam multifranqueado
De acordo com Claudia Bittencourt, diretora da consultoria de
franquias Grupo Bittencourt, a maioria das grandes redes incentiva os
franqueados a investir em outras unidades.
"Se o franqueado se identificou com o ramo de atuação e com
a estrutura da rede, crescer dentro de uma mesma marca é muito positivo."
Diversificação
é menos arriscada
Para Artur Shoiti Santos Takesawa, consultor do Sebrae-SP
(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), se o
empreendedor tem dinheiro para investir, o mais indicado é a diversificação, ou
seja, não colocar todas as suas apostas em uma só rede.
"A rede pode estar estável, mas nada impede que o cenário
mude. Se ele atua no ramo de alimentação, por exemplo, pode continuar no
segmento, mas comprando unidades de outras franquias."
Márcia Rodrigues / Colaboração para o UOL, em São Paulo
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