A medida visa intensificar a
vacinação nesse público-alvo da doença, que é mais suscetível a casos graves e
óbitos. Ao todo, serão enviadas 1,6 milhão de doses a mais para os estados.
Todas as crianças de 6 meses a
menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo – A partir desta
quinta-feira (22), todas as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser
vacinadas contra o sarampo em todo o país. Essa medida preventiva deve alcançar
1,4 milhão de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de ‘dose zero’,
além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses. Para
isso, o Ministério da Saúde irá enviar 1,6 milhão de doses a mais para os
estados. O objetivo é intensificar a vacinação desse público-alvo, que é mais
suscetível a casos graves e óbitos.
A ação é uma resposta imediata do
Ministério da Saúde em decorrência do aumento de casos da doença em alguns
estados. Nesta terça-feira (20), o Ministério da Saúde divulgou novo boletim
com os casos de sarampo. O Brasil registrou, nos últimos 90 dias, entre 19 de
maio a 10 de agosto de 2019, 1.680 casos confirmados de sarampo, em 11 estados:
São Paulo (1.662), Rio de Janeiro (6), Pernambuco (4), Bahia (1), Paraná (1),
Goiás (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Sergipe
(1) e Piauí (1). O coeficiente de incidência da doença foi de 0,80 por 100.000
habitantes.
“O Ministério da Saúde está fazendo
uma medida preventiva. Nós estamos preocupados com essa faixa etária porque em
surtos anteriores foram as crianças menores de um ano que evoluíram para casos
mais graves e óbitos. Por isso, é preciso que todas as crianças na faixa
prioritária sejam imunizadas contra o vírus do sarampo, considerando a
possibilidade de trânsito de pessoas doentes para regiões afetadas e não
afetadas ”, esclareceu o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde, Wanderson Oliveira.
O Ministério da Saúde tem um
planejamento de compra da vacina, tendo como base o número de pessoas que devem
ser vacinadas, considerando as ações de rotina (média de 2,5 milhões de
doses/mês); as ações de bloqueio para interromper a cadeia de transmissão; além
das doses adicionais para crianças de seis meses a menores de um ano. O Ministério
da Saúde já reiterou junto aos estados e municípios a orientação para que as
estratégias sejam restritas a essas situações, evitando que ocorra possível
desabastecimento da vacina.
É importante esclarecer que a chamada
“dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário
nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo
aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a
vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses
(2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela,
respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses. A vacinação de rotina das
crianças deve ser mantida independentemente de a criança ter tomada a “dose
zero” da vacina.
Leia também:
Na rotina do Sistema Único de Saúde
(SUS) a tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de
vacinação em todo o Brasil. A vacina previne também contra rubéola e caxumba.
Neste ano, o Ministério, já enviou para os estados 10,5 milhões de doses da
vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. Esse
quantitativo é para atender a vacinação de rotina, conforme previsto no
Calendário Nacional de Vacinação, em todos os estados do país, bloqueio vacinal
e para intensificar a vacinação de crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias
de idade. Desse total de vacinas, 71% foi enviado para o estado de São
Paulo, que concentra 99% dos casos de sarampo no país. A vacina é a principal
forma de tratamento do sarampo.
BLOQUEIO VACINAL
Além de vacinar as crianças na faixa
etária prioritária, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância
em Saúde, também orienta aos estados e municípios a realizarem o bloqueio
vacinal. Ou seja, em situação de surto ativo do sarampo, quando identificado um
caso da doença em alguma localidade, é preciso vacinar todas as pessoas que
tiveram ou tem contato com aquele caso suspeito em até 72 horas. Neste caso,
recomenda-se que sejam realizadas de forma seletiva, ou seja, não há
necessidade de revacinação das pessoas que já foram vacinadas anteriormente e
que tem comprovação vacinal.
O Ministério da Saúde tem atuado
ativamente junto aos estados e municípios no enfretamento do surto de sarampo,
sendo realizado recomendações para interrupção da circulação do vírus no país.
AÇÕES
Com a entrada de novos casos da
doença no país, o ministério tem reforçado as ações de combate e prevenção da
doença nos estados que estão com circulação ativa do vírus do sarampo. Neste
mês, o Ministério da Saúde alertou os profissionais de saúde das redes pública
e privada em relação à proteção e aos cuidados para evitar a propagação do
sarampo nas unidades de saúde do país.
Entre as orientações está que todos
os trabalhadores dos serviços estejam vacinados; além da necessidade da oferta
de treinamentos periódicos, em relação a segurança e riscos biológicos no
trabalho; e remanejamento das gestantes que prestam assistência diretamente aos
casos suspeitos e que não têm comprovação prévia de vacinação. A orientação faz
parte de um conjunto de recomendações enviadas para às Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde.
(Fonte: Ministério da Saúde)
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