USP, Unesp e
UFSCar mantêm canais para que alunos relatem abusos.
Constrangimento e agressões não são permitidos, afirmam instituições.
Constrangimento e agressões não são permitidos, afirmam instituições.
Stefhanie Piovezan
Do G1 São Carlos e Araraquara
Apesar de
proibidos, os trotes violentos ainda são uma realidade e, para coibir esse tipo de prática,
algumas universidades têm investido nos canais de denúncia. Na região, a
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Estadual Paulista
(Unesp) mantêm ouvidorias e a Universidade de São Paulo (USP) chegou a criar um
chat voltado aos novos alunos.
Veja abaixo mais detalhes sobre essas formas de
denúncia e a posição de cada instituição quanto às atividades de recepção.
UFSCar
A instituição afirma que as atividades de integração buscam promover o acolhimento, o compartilhamento de informações sobre a universidade, os cursos e as cidades, a prática de ações solidárias e a integração entre os estudantes, e que não tolera atos que ocasionem constrangimento e humilhação ou configurem qualquer tipo de violência.
Informou
ainda que abusos durante a Calourada ou em qualquer outro momento da vida
universitária devem ser comunicados à ouvidoria pelo formulário disponível na internet, pelo telefone (16) 3306-6571 ou
pessoalmente. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.
A ouvidoria
apura os casos e os alunos envolvidos ficam sujeitos, pelo Regimento Geral da UFSCar, a penalidades que variam de
advertência oral ou escrita – em casos de desrespeito e ofensa, por exemplo – à
suspensão de sete a 30 dias por injúria ou agressão física. Em casos mais
graves, os estudantes podem ser desligados.
Segundo a
universidade, não houve nenhuma denúncia de constrangimento em 2015. Em 2014,
foram registrados dois casos e foram criadas comissões para investigar os
episódios, mas os dois processos foram encerrados sem a constatação da coação.
USP
No dia da matrícula, a universidade distribuiu para os alunos um material
especial que destaca o Código de Ética e
reforça a ideia de que a USP não tolera nenhum tipo de violação aos direitos
humanos.
Também
desenvolveu um “Manual do Calouro” online,
que explica o funcionamento do Disque Trote e oferece umchat para a realização de denúncias. O
Disque Trote atende pelo número 0800-012-1090 e ficará ativo até o dia 25 de
março, de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h. Além desses canais, os alunos
que se sentirem constrangidos ou forem vítimas de agressões físicas e morais
também podem utilizar o e-mail disquetrote@usp.br
De acordo
com a universidade, as atividades de integração previstas para a 17ª Semana de
Recepção aos Calouros, de 23 a 27 de fevereiro, incluem palestras, oficinas,
campanhas educativas e ações sociais.
No campus
de São
Carlos, por exemplo, será realizada a Calourada Solidária, com
arrecadação de alimentos, prestação de serviços, doação de cabelo e de sangue.
Já emPirassununga,
serão montados quatro estandes para a recepção dos alunos, um para cada curso
da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA). Também serão realizadas
apresentações culturais.
Unesp
A universidade entende que qualquer forma de constrangimento, agressão física
ou moral caracteriza trote, algo que é proibido na instituição e pode levar a punições como a expulsão – em outubro do ano passado, por exemplo, um aluno teve de deixar o curso de Medicina.
As
denúncias podem ser realizadas junto à vice-direção das unidades, às ouvidorias
locais ou à ouvidoria central (ouvidoria@reitoria.unesp.br).
No campus de São
João da Boa Vista, os contatos são:ouvidoria@sjbv.unesp.br ou (19) 3638-2420.
Em Araraquara, os
estudantes podem fazer as denuncias pelo telefone (16) 3334-6370 (FCLAR) ou
pelos e-mails ouvidoria@foar.unesp.br(Faculdade de Odontologia), ouvidor-iq@iq.unesp.br (Instituto de Química).
Fonte: G1
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