A maior
disputa ainda está para começar: a briga pelo substituto do dinheiro e do
cartão.
Dinheiro em papel talvez seja o
primeiro bem a ser totalmente virtualizado. Sim, nós trocamos de um lado pra
outro, através do sistema bancário, sem nele tocar faz tempo.
(imagem da internet, meramente ilustrativa) |
Dinheiro mesmo
ainda circula por aí. Mas com a popularização dos cartões de crédito/débito,
vamos vê-lo cada vez menos. Nubank, por exemplo, descomplicou o processo de
obtenção de um cartão à simples operação de uma APP.
Vamos de um jeito que no
futuro, quem sabe, os bancos centrais não precisarão mais imprimir papel
moeda... Quem sabe, tomara!
Porém,
por mais sensíveis e regradas por legislações que sejam as questões envolvendo
dinheiro, a indústria de pagamentos está ainda em plena ebulição. Desde que o
PayPal tornou bilionários Elon Musk e Peter Thiel, novas formas de facilitar
pagamentos e fazer recursos trocarem de mãos não param de surgir.
A indústria é
ainda um campo fértil para inovação. Vimos nos últimos anos, do surgimento do
dinheiro digital sem intermediação de bancos centrais - BitCoin, a dispositivos
que substituem os antigos POS (leitores de cartões) de forma mais barata e
eficiente, como o Square.
Porém
a maior disputa ainda está para começar. É a disputa pelo que vai substituir
tanto o dinheiro como o cartão. O candidato óbvio é seu smartphone. O Google há
tempos tenta se estabelecer por lá, com o Google Wallet. Já a Apple, mais
recentemente, lançou o Apple Pay e logo após a Samsung comprou o LoopPay, para
não ficar de fora da briga.
Mas
o que os fabricantes de smartphones querem realmente como isso? Dar fim ao
plástico e morder um pedaço das transações (que eram) com cartão? Talvez. Sim,
talvez, porque as melhores estimativas são de um acréscimo de US$ 2.5B na
receita para quem capturar 30% das transações nos EUA. É uma boa soma, mas faz
pouca diferença para empresas que faturam na ordem de centenas de bilhões por
ano como Google, Apple e Samsung.
Na
verdade, num sistema intrincado pelo número de participantes, que dificilmente
mudará de forma radical em pouco tempo (veja na figura abaixo), facilitar a
vida dos usuários e lojistas lubrificando transações é o que deve colar.
E nada
melhor que os SmartPhones para isso. Eles já são mais populares que os carros!
Neste cenário, estar no bolso do comprador vai fazer toda diferença. E ter o
sistema de pagamento integrado e fácil de usar, é o que pode manter um ou outro
fabricante de SmartPhone por lá.
Até então a
barreira eram os leitores de cartão. Até então. Em função do enorme volume de
fraudes (cerca de 7.1 bilhões apenas nos EUA) a partir de outubro, quem não
tiver leitor de cartão compatível com chip de segurança (EMC) vai ter que
bancar a fraude. Antes, o lojista colocava na conta do emissor ou da bandeira.
Ao forçar a troca dos leitores, surge uma mega oportunidade de se instalar um
novo padrão... Daí a correria de Google, Apple e Samsung para entrarem e se
estabelecerem por este mercado também.
A briga é boa, e
vamos sair todos ganhando! As transações serão mais fáceis e mais seguras. Quem
sabe então, reduzindo as fraudes, a indústria de pagamento também reduz a
mordida a cada transação... Será?
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Fonte: Olhar Digital
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