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terça-feira, 10 de março de 2015

Em 2015, fique de olho, a forma de pagamento vai mudar

A maior disputa ainda está para começar: a briga pelo substituto do dinheiro e do cartão.

Dinheiro em papel talvez seja o primeiro bem a ser totalmente virtualizado. Sim, nós trocamos de um lado pra outro, através do sistema bancário, sem nele tocar faz tempo. 

(imagem da internet, meramente ilustrativa)
Dinheiro mesmo ainda circula por aí. Mas com a popularização dos cartões de crédito/débito, vamos vê-lo cada vez menos. Nubank, por exemplo, descomplicou o processo de obtenção de um cartão à simples operação de uma APP. 

Vamos de um jeito que no futuro, quem sabe, os bancos centrais não precisarão mais imprimir papel moeda... Quem sabe, tomara!

Porém, por mais sensíveis e regradas por legislações que sejam as questões envolvendo dinheiro, a indústria de pagamentos está ainda em plena ebulição. Desde que o PayPal tornou bilionários Elon Musk e Peter Thiel, novas formas de facilitar pagamentos e fazer recursos trocarem de mãos não param de surgir. 

A indústria é ainda um campo fértil para inovação. Vimos nos últimos anos, do surgimento do dinheiro digital sem intermediação de bancos centrais - BitCoin, a dispositivos que substituem os antigos POS (leitores de cartões) de forma mais barata e eficiente, como o Square.

Porém a maior disputa ainda está para começar. É a disputa pelo que vai substituir tanto o dinheiro como o cartão. O candidato óbvio é seu smartphone. O Google há tempos tenta se estabelecer por lá, com o Google Wallet. Já a Apple, mais recentemente, lançou o Apple Pay e logo após a Samsung comprou o LoopPay, para não ficar de fora da briga.

Mas o que os fabricantes de smartphones querem realmente como isso? Dar fim ao plástico e morder um pedaço das transações (que eram) com cartão? Talvez. Sim, talvez, porque as melhores estimativas são de um acréscimo de US$ 2.5B na receita para quem capturar 30% das transações nos EUA. É uma boa soma, mas faz pouca diferença para empresas que faturam na ordem de centenas de bilhões por ano como Google, Apple e Samsung. 

Na verdade, num sistema intrincado pelo número de participantes, que dificilmente mudará de forma radical em pouco tempo (veja na figura abaixo), facilitar a vida dos usuários e lojistas lubrificando transações é o que deve colar. 

E nada melhor que os SmartPhones para isso. Eles já são mais populares que os carros! Neste cenário, estar no bolso do comprador vai fazer toda diferença. E ter o sistema de pagamento integrado e fácil de usar, é o que pode manter um ou outro fabricante de SmartPhone por lá.

Até então a barreira eram os leitores de cartão. Até então. Em função do enorme volume de fraudes (cerca de 7.1 bilhões apenas nos EUA) a partir de outubro, quem não tiver leitor de cartão compatível com chip de segurança (EMC) vai ter que bancar a fraude. Antes, o lojista colocava na conta do emissor ou da bandeira. 

Ao forçar a troca dos leitores, surge uma mega oportunidade de se instalar um novo padrão... Daí a correria de Google, Apple e Samsung para entrarem e se estabelecerem por este mercado também.

A briga é boa, e vamos sair todos ganhando! As transações serão mais fáceis e mais seguras. Quem sabe então, reduzindo as fraudes, a indústria de pagamento também reduz a mordida a cada transação... Será?

Este é um espaço de opinião dos colunistas do site. São visões pessoais que não necessariamente refletem a linha editorial do Olhar Digital.


Fonte: Olhar Digital


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