Banco larga na frente e adota 'home office' para cem bancários este ano,
começando por mulheres e pessoas com deficiência.
ALESSANDRA HORTO E HELIO
ALMEIDA
(imagem da internet*) |
Rio - Começa a
ganhar força no setor público a autorização da empresa para que o funcionário
trabalhe em casa, conhecido como home office. O Banco do Brasil liberou nove
empregados da área da Diretoria de Tecnologia no Distrito Federal e em São
Paulo, e pretende chegar a 100 profissionais até o fim do primeiro semestre
deste ano.
Os nove
selecionados participaram de um processo seletivo com 40 candidatos. A
iniciativa está em fase de experimento, mas as próximas áreas já estão
confirmadas: Mercado de Capitais e de Pessoas. Os públicos preferenciais são
mulheres e pessoas com deficiência.
Pesquisas mostram
que os funcionários produzem mais quando trabalham de casa. Por isso, o banco
determinou que as metas para esses servidores sejam 15% superiores às dos demais.
O diretor de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, Carlos Alberto Netto,
declarou à coluna que o principal objetivo é reduzir custos estruturais:
“Precisamos ter ganho de produtividade. O Tribunal de Contas da União (TCU) e o
Tribunal Superior do Trabalho (TST) fizeram inclusão do home office muito bem,
além das empresas privadas.”
Os funcionários do
Banco do Brasil terão de bater ponto e cumprir a mesma carga horária e devem
comparecer ao trabalho um dia por semana. Está previsto um revezamento entre,
no máximo, 50% dos funcionários de cada equipe.
ALGUMAS ÁREAS
Por envolver
apenas áreas que possam ser mensuradas, a iniciativa não vai atender a todos os
112 mil funcionários do BB — os 65% que exercem suas funções nas agências
espalhadas em todo o país. “Mesmo assim outras áreas querem participar da
modernização das relações do trabalho”, disse o diretor.
SINDICATO DE OLHO
O projeto do BB
não é um direito do trabalhador, e fica a critério do banco, assim como a
adesão ou retorno é uma opção do servidor. O Sindicato dos Bancários do Rio
quer acompanhar de perto o impacto na vida dos trabalhadores. A meta é
verificar se o funcionário poderá ter algum direito trabalhista adicional.
REGULAMENTAÇÃO
Para o advogado
André Viz, a efetiva implementação do home office depende de regulamentação,
uma vez que os estatutos de serviços públicos preveem o cumprimento de carga
horária e lotação em órgãos ou unidades da administração pública. “É necessário
adotar mecanismos de controle e regulação de resultados”, adverte.
Fonte: O Dia
* imagem da internet, de caráter meramente ilustrativo
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