O
objeto está na lista de pontos frequentemente ignorados, mas que levam risco à
população.
Na eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus
da dengue, do zika e do chikungnya, todo o cuidado é pouco. Ralos, plantas,
pneus e garrafas são os focos mais comuns, mas não se engane: até uma tampinha
de garrafa pode se tornar um foco para o vetor e assim, como vasos sanitários e
sacolas, está na lista dos que muita gente nem dá atenção.
Mesmo aquele pouco volume de água é suficiente para eclosão dos ovos e
desenvolvimento das larvas do mosquito, de acordo com Roberto Laperriere, referência
Técnica em Dengue da Secretária de Estado de Saúde (Sesa).
O risco é grande porque os ovos podem sobreviver sem contato com água
por cerca de um ano e dois meses, e ainda suportar uma temperatura de 50 graus.
A regra também vale para as calhas, outro local frequentemente
ignorado. Geralmente, viram depósito de pó e folhas e também acumulam água. E
como estão na parte mais alta da casa, a vistoria acontece com menos
frequência.
Aumentando a lista de focos ignorados, estão também os vasos sanitários,
especialmente os que ficam sem uso por mais de sete dias, como no quarto de
hóspedes ou então em áreas comuns de prédios. Para eliminar os focos, as tampas
precisam permanecer fechadas. Já nos ralos em desuso, o ideal é usar uma tela
ou lacrá-lo.
Pedaços de sacolas de supermercado jogados no quintal de casa também
acumulam água e são um risco. Outro foco ignorado, segundo ele, é o depósito de
água atrás de geladeiras e de alguns modelos de purificadores de água, de
acordo com Laperriere.
Nas ruas, até as placas de sinalização oferecem risco despercebido. Um
vídeo nas redes sociais em que aparece um homem furando um buraco na haste de
uma placa de rua, de onde sai água em dia de sol quente, está fazendo sucesso
na internet.
Até a última sexta, o número de casos de dengue chegou a 36.683 em todo
o Estado, desde o começo do ano. Desse total, 854 são suspeitos da forma mais
grave da doença. Neste ano, 28 mortes foram confirmadas e 17 estão sob
investigação.
Ufes
pede apoio do Exército para combater proliferação
Para combater o mosquito da dengue, a Universidade Federal do Espírito
Santo (Ufes), que já detectou focos do mosquito Aedes aegypti no campus de
Maruípe, em Vitória, solicitou apoio do Exército, junto à prefeitura, e por
precaução, prorrogou o afastamento temporário das gestantes para o final deste
mês.
Além disso, nesta sexta-feira (18) pela manhã toda a comunidade
universitária e funcionários de empresas terceirizadas, que prestam serviços de
limpeza e conservação, participaram de um seminário sobre o combate à dengue. O
evento foi realizado pela Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de
Vitória e pela Coordenação de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Prefeitura
Universitária.
De acordo com a vice-reitora Ethel Maciel, ainda não foram encontrados
focos no campus de Goiabeiras. “Mas como passam 25 mil pessoas diariamente
aqui, temos que ficar alerta. Nós pedimos apoio do Exército junto à prefeitura
e esperamos com isso, fazer uma varredura em toda a área”, explica.
E por medida de segurança, as servidoras grávidas continuarão afastadas, segundo Ethel. O prazo da portaria que se encerraria ontem, foi adiado para o dia 31 deste mês.
19/12/2015
- 16h48 - Atualizado em 19/12/2015 - 17h22
Autor: Wesley Ribeiro | wesleyribbe@gmail.com
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