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sábado, 30 de abril de 2016

Resultados de DNA dão negativo para possíveis parentes de 'Clarinha'.


Exame de DNA foi feito no dia quatro de março por oito pessoas, em Vitória. Outras 10 famílias ainda vão se submeter ao mesmo procedimento.




Os exames de DNA que foram feitos por oito possíveis parentes de Clarinha, a paciente vítima de atropelamento e que está internada em coma há 15 anos no Hospital da Polícia Militar (HPM) do Espírito Santo, deram negativo. O exame de DNA foi feito no dia quatro de março.

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MP-ES), por meio do Grupo Especial de Trabalho Social (Getso), informou que recebeu o resultado do laboratório na quarta-feira (30). 

O MP-ES informou que aguarda o recebimento de mais um resultado desse primeiro grupo de oito pessoas, formado por supostos pais e filhos de 'Clarinha'.

O Ministério Público informou que já está fazendo contato com um segundo grupo, formado por dez pessoas, com possíveis parentescos diversos, como irmãos, para a realização de coleta de material genético.

'Clarinha'

Depois que o caso ganhou repercussão na mídia, o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) recebeu 102 ligações de famílias que acreditavam ter grau de parentesco com a mulher.

Clarinha, como é chamada pela equipe médica, foi atropelada no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. Desde então, segue em coma no Hospital da Polícia Militar (HPM) e ninguém a procurou no hospital.

Uma triagem foi realizada e o Ministério Público (MP-ES) chegou a vinte famílias com possíveis ligações. O primeiro grupo, que fez o exame, é de pessoas que podiam ser pais ou filhos de Clarinha. Isso, porque é mais fácil de localizar o DNA pela proximidade de parentesco. Os exames foram feitos na Casa do Cidadão, em Vitória.

As oito famílias que compareceram são do Rio de JaneiroSão Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul e do próprio Espírito Santo.


Todas essas famílias tem uma história e sentimentos em comum: a tristeza e angústia de não saber notícias de um familiar.

O caso
O Ministério Público informou que, de acordo com relatos de testemunhas na época, ela estava fugindo de um perseguidor, também não identificado, correu para o meio de uma avenida movimentada no Centro de Vitória e foi atropelada por um ônibus.

A vítima foi levada para o antigo Hospital São Lucas, onde passou por diversas cirurgias. Ainda de acordo com o Ministério Público (MP-ES), o cérebro foi afetado, impedindo que ela retornasse de um coma profundo.

Sem documentos e com as digitais desgastadas, buscou-se, em um primeiro momento, encontrar algum conhecido dentre as testemunhas do acidente, mas ninguém tinha qualquer notícia da mulher. Em seguida, Clarinha foi internada no HPM.

O Ministério Público (MP-ES) informou que tentaram encontrar algum familiar com o auxílio de outros Ministérios Públicos, em bancos de desaparecidos, em delegacias, tudo na tentativa de identificação, sem sucesso.

A falta de identificação traz problemas diretos para qualquer cidadão. No caso dela, não é diferente. Nesse sentido, o Ministério Público (MP-ES) disse que tem feito um trabalho intenso por todos esses anos para buscar familiares ou conhecidos de Clarinha.

A promotora de Justiça Edwirges Dias expediu ofícios para todos os Ministérios Públicos, no sentido de integrarem essa campanha de identificação, apoiada pela também promotora de Justiça Arlinda Maria Barros Monjardim.

“Trata-se de uma situação muito ruim, se observarmos que a Clarinha está viva e deve existir uma família em busca de notícias dela”, disse Edwirges.

As pessoas que tiverem alguma pista da identidade da Clarinha devem procurar o Ministério Público (MP-ES) por meio do Promotoria de Justiça localizada no Centro Integrado de Cidadania (Casa do Cidadão) na avenida Maruípe, 2.544, Bloco B, Itararé- ES - Vitória.

Juirana Nobres e Esther Radaelli / Do G1 ES



http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2016/04/resultados-de-dna-dao-negativo-para-possiveis-parentes-de-clarinha.html

 


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