Eles só estavam rezando o Terço em
frente a um edifício, no centro de Camberra, na Austrália, quando foram
abordados por policiais federais.
Ele foi multado pela polícia australiana, mas diz que não vai
pagar e está disposto a levar o seu caso aos tribunais, se for preciso.
No dia 15 de abril, Kerry Mellor, de 75 anos, foi autuado no
Território da Capital Australiana (uma das subdivisões do país, onde está a
capital Camberra), por supostamente violar a "zona de segurança" (buffer zone) da clínica de aborto local. (Em países
onde o aborto é legalizado, o governo cria zonas de proteção às clínicas e às
pessoas que realizam o procedimento, para que grupos pró-vida não se aproximem
e não deem lugar a conflitos.)
Acontece que o senhor, bem como os outros 7 católicos que foram
notificados pela polícia no centro de Camberra, não carregavam nem símbolos nem
panfletos dirigidos a mulheres grávidas. O seu único "crime" foi rezar 15 dezenas do Rosário,
contendo 150 Ave-Marias e 15 Pai-Nossos intercalados com meditações das vidas
de Jesus e Maria.
De acordo com Catholic Voice,
o jornal oficial da Arquidiocese de Camberra, os outros deixaram o lugar quando
avisados pela polícia, mas Mellor decidiu ficar. "Nós não achamos que
estamos protestando", disse Mellor ao jornal. "Nós estamos rezando, e nos dirigimos exclusivamente a Deus Todo-Poderoso e à Sua Bem-Aventurada Mãe. Não se trata de um
protesto, mas de uma petição, para que Deus aja para mudar os corações e as
mentes dessas pessoas."
Uma nova lei na Austrália fala de multas entre $750 e
$3750 dólares australianos por atividades passivas, como portar símbolos
religiosos ou panfletos pró-vida, e entre $1500 e $7500 por atividades
agressivas, como tirar fotos ou gravar vídeos seja dos clientes seja da equipe
das clínicas.
Mas Mellor insiste que ele e seus companheiros não estavam nem
protestando, nem obstruindo a passagem, nem dirigindo nenhum tipo de mensagem a
ninguém, senão a Deus. " Também é uma antiga tradição rezar pelos mortos, incluindo os
inocentes mortos aqui. Nós rezamos pelas suas almas e fazemos um pequeno ato de
reparação por esse horror cometido em nosso meio, em nossa
comunidade."
Mellor disse a Catholic Voice que ele "fez um pedido formal para
que a cobrança fosse retirada, levando em conta que nossa oração silenciosa não
pode sob nenhum aspecto ser interpretada como qualquer tipo de 'conduta
proibida' na legislação. Estou aguardando o resultado."
Grupos favoráveis ao aborto reclamam que a presença
pró-vida deixa os clientes da clínica se sentindo "envergonhados e
culpados". Mas vigílias pró-vida já acontecem há 17 anos em Camberra, sem
que sejam feitas quaisquer acusações de perturbação do sossego.
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