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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

21 de fevereiro: DIA DO IMIGRANTE ITALIANO

“A data lembra a chegada da primeira leva, com 380 famílias de imigrantes italianos ao Brasil, ocorrida em 21 de fevereiro de 1874, a bordo do Vapor Sofia.”

(imagem meramente ilustrativa)


O “DIA NACIONAL DO IMIGRANTE ITALIANO” foi instituído a partir do Projeto de Lei de autoria do o Senador Gerson Camata, do Espírito Santo, a Lei 11.687/08 define 21 de fevereiro como o “Dia Nacional do Imigrante Italiano”.

A data lembra a chegada da primeira leva, com 380 famílias de imigrantes italianos ao Brasil, ocorrida em 21 de fevereiro de 1874, a bordo do Vapor Sofia.

A lei foi sancionada pelo então vice-presidente José Alencar Gomes da Silva, em 2 de junho (data significativa para a Itália, sendo o dia da República) de 2008.

A data comemorativa de 21 de fevereiro representa a importância simbólica como resgate histórico do processo da imigração italiana no Brasil, atualmente formando um contingente de mais de trinta milhões de ítalo-brasileiros, sendo o maior país do mundo com raízes italianas.

UM POUCO DE HISTÓRIA
Quando, em 1861, a Itália foi unificada, ficando quase inteiramente livre das potências estrangeiras (somente o Veneto continuava sob o domínio da Áustria enquanto Roma e uma parte da Itália central era ainda território do Estado Pontifício), resultou em grave estagnação, após todos os anos de ocupação pelos invasores. Nada tinha sobrado para o desenvolvimento e a reconstrução.

Nessa época, o Brasil carecia do trabalho escravo nas fazendas de café dos paulistas e outros, e dos estados do Sul e Sudeste. cuja mão de obra já era insuficiente. Portanto, D. Pedro II, Imperador do Brasil, e Rei Vittorio Emanuele II, da Itália entabularam acertos para a emigração ao Brasil de famílias italianas que necessitavam de solução para nova vida e trabalho. Tal seria feito através das companhias de colonização que facilitaram ditas tratativas.

“Terre in Brasile per gli Italiani. Venite a construire i vostri sogni con la famiglia. Un paese di opportunità. Clima tropicale, vita in abbondanza. Ricchezze minerali. In Brasile potrete avere il vostro castello. Il governo dona terre ed utensilli a tutti” eram as frases contidas nos cartazes da época que incentivavam a emigração para o País verde e ouro.

O projeto funcionou por evidente interesse comum da Itália, que necessitava recompor as famílias no trabalho, e do Brasil que chamava por mão de obra.

A primeira viagem de italianos que emigraram para o Brasil começou no dia 03 de janeiro de 1874, no porto de Gênova, com 386 famílias, no Vapor “Sofia”, chegando no Brasil em 21 de fevereiro de 1874. Os imigrantes foram trazidos por Pietro Tabachi para povoar as terras a ele concedidas no município de Santa Cruz. Tabachi, que viera para o Brasil depois de ir à bancarrota na Itália, batizou suas terras de “Nova Trento”, em homenagem à cidade onde nascera.

Foi a primeira viagem em massa de italianos do norte da Itália. Seguidamente, os italianos passaram a vir para o Brasil, em grande número de grupos familiares de outras “regiões”.


A cantoria da música folclórica Mérica, Mérica: – “Mérica, Mérica, Mérica, cossa sarà ‘sta Mérica? Mérica, Mérica, Mérica”, servia de alento durante a viagem nas dúvidas de como seria o destino final.

Com as edições das leis benéficas aos escravos, e que evoluíram com a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 1888, se tornou mais necessário obter a mão de obra braçal. Os italianos continuaram a chegar, povoando o Sul e o Sudeste, com os trabalhos de experiência milenar em todos os aspectos. 

Proliferaram-se com a força do trabalho e fizeram prosperar cidades inteiras com a construção de escolas, igrejas, teatros, hospitais, comércios e indústrias, caminhos e ruas, além de lavouras e plantações, e ainda motivaram a vida nas artes, na música, na culinária, no vinho e na dança. Integraram-se nas famílias brasileiras com o princípio “Dio, Famiglia, Lavoro”, cultivando a cultura, os costumes e as tradições da Itália, com sólida formação moral, religiosa, social e profissional, enriquecendo sobremaneira as relações ítalo-brasileiras, pois deram inestimável contribuição ao progresso e desenvolvimento das cidades e regiões.


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