Resolução da Anvisa proíbe fabricação, importação e comercialização de
produtos que contenham a substância.
A partir da próxima
terça-feira, primeiro dia de 2019, estará proibido fabricar, importar e
comercializar produtos que contenham mercúrio em sua composição, como
termômetros e aparelhos para medir pressão. O anúncio foi feito pelo Ministério da
Saúde em comunicado nesta quinta-feira (27).
A medida também inclui a
proibição deste tipo de produto em serviços de saúde, que devem descartar
resíduos sólidos que contenham a substância. A nova determinação, aprovada
pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017, visa atender ao
compromisso assumido pelo Brasil e
outros 140 países durante a Convenção de Minamata, em 2013, que teve como
objetivo discutir maneiras para eliminar o uso
No comunicado, a diretora do
Departamento de Saúde do Trabalhador e Saúde Ambiental do Ministério da Saúde,
Daniela Buosi, afirma que, caso ocorra exposição por longos períodos, a
substância pode causar problemas no sistema nervoso central e à tireoide.
A proibição estabelecida na
resolução da Anvisa não se aplica aos produtos utilizados para pesquisa e para
calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência dos serviços de
saúde.
Uso
doméstico não está proibido
A resolução, no entanto, não
proíbe o uso doméstico dos termômetros. Quem já possui o aparelho em casa
poderá continuar usando-o normalmente, com o devido cuidado no armazenamento e
manipulação. No comunicado, Buosi alerta que "se o termômetro estiver em
boas condições, íntegro, não há problema à saúde. O problema ocorre quando o
termômetro cai e seu invólucro de vidro quebra e expõe o mercúrio ao ambiente
externo e ao usuário".
Quem quiser se desfazer do
produto deverá aguardar a divulgação dos pontos de recolhimento, que deve ser
feita pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa em breve.
Alternativas
de uso
Uma das opções para evitar o
uso do termômetro com mercúrio é o digital, que é mais seguro e tão preciso
quanto o analógico, desde que esteja com bons níveis de bateria, tenha
certificação do Inmetro e
seja utilizado de maneira correta. Este tipo de aparelho é facilmente
encontrado em farmácias e custa, em média, R$ 20.
Outra alternativa viável são
os de infravermelho, que medem a temperatura em poucos segundos e sem precisar
fazer contato direto com a pele, o que facilita o uso em bebês e crianças. São
mais comuns de serem encontrados pela internet. Os preços variam e podem custar
entre R$ 50 e R$ 200, em média. Também é importante verificar se o produto tem
certificação do Inmetro.
Em relação aos medidores de
pressão, os que contêm mercúrio são utilizados somente em hospitais e em postos
de saúde. Para uso pessoal, as opções são os digitais – encontrados em
farmácias – e os mecânicos, que podem ser adquiridos na internet e em lojas
especializadas em artigos médicos.
(Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br)
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