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sábado, 2 de maio de 2020

Relembre dez políticos brasileiros que morreram em acidentes aéreos

Na foto abaixo, o ilustre bonjesuense, ex- Governador do Rio de Janeiro Roberto Silveira, que era considerado o provável sucessor de Goulart na liderança do PTB.



Conheça a trajetória de expoentes do mundo da política que faleceram em circunstâncias parecidas às do ministro do STF Teori Zavascki.

O acidente aéreo que matou no dia (19/01/2017) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki não é um fato isolado na história brasileira. Outras personalidades da política morreram em circustâncias parecidas. Conheça a trajetória de algumas delas.


Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco

Em 13 de agosto de 2014, o então presidenciável pelo PSB e ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos morreu, aos 49 anos, após a queda de uma aeronave em uma área residencial no bairro do Boqueirão, em Santos, no litoral de São Paulo. Outras seis pessoas de sua equipe de assessores, que seguiam uma agenda de campanha, também morreram. A queda foi causada por uma série de falhas cometidas pelo piloto Marcos Martins.

A aeronave Cessna 560 XL saiu do aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, rumo à Base Aérea de Santos, em Guarujá, São Paulo. Campos morreu no mesmo dia e mês que seu avô, Miguel Arraes, falecido em 2005. Eduardo era economista pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e também foi deputado federal e ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula.

José Carlos Martinez, ex-deputado federal 


Ex-presidente do PTB, o deputado José Carlos Martinez morreu aos 55 anos, no dia 6 de outubro de 2003, após o monomotor de sua propriedade bater em um morro na região de Guaratuba, no litoral do Paraná. A aeronave tinha mais três pessoas a bordo e saiu de Curitiba com destino a Navegantes, Santa Catarina. A colisão foi motivada por uma forte neblina.

Martinez foi tesoureiro da candidatura de Fernando Collor de Mello à Presidência. Anos depois, apoiou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição presidencial de 2002.

Ulysses Guimarães 
ex-presidente da Câmara dos Deputados 

O deputado Ulysses Guimarães (PMDB) faleceu aos 76 anos, na queda de um helicóptero em 12 de outubro de 1992. O voo, que iria para São Paulo, também levava o ex-senador Severo Gomes.

A aeronave decolou normalmente em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e deveria chegar à capital paulista em 45 minutos. Alguns momentos após a decolagem, porém, o avião sumiu do radar. Segundo noticiou a imprensa à época, o corpo de Ulysses Guimarães nunca foi encontrado.

Guimarães elegeu-se deputado estadual em 1947 pelo Partido Social Democrático (PSD) e três anos depois chegou ao Congresso Nacional. Ferrenho opositor da ditadura militar, ele foi um dos principais líderes da campanha das Diretas Já, nos anos 1980. Também foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do presidente João Goulart. 

Marcos Freire, ex-ministro da Reforma Agrária 


Em 8 de setembro de 1987, o ministro da Reforma Agrária, Marcos Freire, morreu, aos 56 anos, na Serra de Carajás, no sul do Pará, enquanto viajava a trabalho. O jatinho em que ele estava explodiu no ar pouco depois de decolar.

Advogado de formação, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) na década de 1970. Anos depois, porém, ele juntou-se ao MDB, devido à extinção de partidos políticos durante o período da ditadura militar.


Em sua carreira política, foi eleito prefeito de Olinda, deputado federal pelo estado de Pernambuco e senador. No período da redemocratização brasileira, Marcos Freire foi presidente da Caixa Econômica Federal antes de chegar ao posto de ministro.

Clériston Andrade, ex-prefeito de Salvador

O candidato ao governo da Bahia morreu aos 57 anos, em 1º de outubro de 1982, um mês e meio antes da eleição. A aeronave em que estava bateu em um morro em Itapetinga, interior da Bahia.

Dias depois de sua morte, o então governador, Antônio Carlos Magalhães (ACM,) escolheu o nome de João Durval Carneiro para lhe suceder.

Andrade começou sua carreira política como procurador-geral de Salvador na administração de ACM. Assumiu a prefeitura da capital baiana em 1970, quando ACM se candidatou a governador da Bahia, e ficou até 1975. Também era diácono da Igreja Batista.

Filinto Müller,  ex-presidente do Senado 

O então presidente do senado, Filinto Müller, faleceu aos 73 anos, após o avião em que estava fazer um pouso forçado no vilarejo de Saulx-les-Chartreux, ao sul de Paris. A manobra causou a morte de 123 passageiros. Entre eles estavam o cantor Agostinho dos Santos, a atriz Regina Lécrery e o iatista Joerg Bruder. O acidente aconteceu em 11 de julho de 1973.

Nascido em Cuiabá, seu pai, Júlio Frederico Müller, foi eleito prefeito da cidade. Filinto ingressou no Exército em sua juventude e participou dos movimentos do Tenentismo, que contestava a ação política e social dos governos representantes do coronelismo.

Ele candidatou-se ao Senado pelo estado de Mato Grosso em 1947. O fato se repetiu em 1955 e 1962. Na Casa, foi líder do Partido Social Democrático (PSD). Com o golpe de 1964, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena) e relegeu-se ao senado pela legenda em 1970. Em 1973 assumiu a presidência do Senado.

Roberto Silveira, ex-governador do Rio de Janeiro 

O político fluminense morreu no dia 28 de fevereiro de 1961, aos 37 anos, quando era governador do Rio de Janeiro. Ele estava a bordo de um helicóptero que viajava para Petrópolis.

A aeronave explodiu ao levantar voo, perto do Palácio Rio Negro, hoje residência oficial dos presidentes da República quando visitam a cidade imperial.

Considerado como provável sucessor de João Goulart na liderança do PTB, Silveira chegou a ser levado com vida para um hospital. No entanto, não resistiu a ferimentos e queimaduras e morreu oito dias depois do acidente.

Castelo Branco, ex-presidente do Brasil 

O primeiro presidente do período da ditadura militar no Brasil, Humberto de Alencar Castelo Branco, faleceu aos 66 anos. Ele viajava em um avião do Exército que se chocou no ar com um jato da FAB (Força Aérea Brasileira), em 18 de julho de 1967, em Fortaleza, no Ceará.

No acidente também morreram Cândido Castelo Branco, irmão do ex-presidente, o major Manoel Nepomuceno de Assis e a escritora Alba Frota. 

Castelo Branco começou sua vida política no Exército, onde foi intitulado capitão em 1938 e passou pelos cargos de tenente-coronel, general, até tornar-se marechal e assumir a Presidência do país em 15 de abril de 1964 após a instauração do AI-1 (Ato Institucional número 1).

Nereu de Oliveira Ramos, ex-vice-presidente do Senado

À época vice-presidente do Senado, o catarinense Nereu Ramos morreu  aos 69 anos, no dia  16 de junho de 1958, em um acidente em São José dos Pinhais, no Paraná. A aeronave que caiu, uma Convair 440, da companhia Cruzeiro do Sul, viajava de Florianópolis para o Rio de Janeiro, com escalas em Curitiba e São Paulo.

Ramos chegou a assumir a Presidência da República interinamente durante pouco mais de dois meses, entre novembro de 1955 e janeiro de 1956, antes de Juscelino Kubitschek. No mesmo acidente morreram o governador de Santa Catarina, Jorge Lacerda, e o deputado federal Leoberto Leal.

Salgado Filho, ex-ministro da Aeronáutica 

O senador gaúcho Salgado Filho morreu aos 62 anos, no dia 30 de julho de 1950, em São Francisco de Assis, na região central do Rio Grande do Sul. O político, que dá nome ao aeroporto de Porto Alegre, estava em campanha para o governo do estado pelo PTB.

Ele viajava em um bimotor da capital gaúcha para São Borja, onde se encontraria com o então senador Getúlio Vargas. A aeronave bateu em uma colina, o Cerro dos Cortelini.

Salgado Filho foi o primeiro ministro da Aeronáutica do Brasil e é considerado um dos organizadores da aviação nacional.

DANIELE AMORIM E LUÍS LIMA
19/01/2017









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