Como planejar
e fortalecer o Desenvolvimento Territorial no seu Município? Respostas a esse
questionamento foram destaques de um painel do Seminário Novos Gestores –
Edição Norte e Centro-Oeste na tarde desta quinta-feira, 21 de janeiro.
Consultores e
técnicos da Confederação Nacional de Municípios (CNM) trouxeram recomendações
importantes sobre a integração de políticas públicas de várias áreas, dentre
elas, a de Meio Ambiente e Saneamento.
A supervisora
da área de Desenvolvimento Territorial da CNM, Cláudia Lins, destacou, na sua
apresentação, o licenciamento ambiental por ser uma oportunidade de o Município
acelerar a promoção do desenvolvimento econômico-sustentável do seu território.
A palestrante
elencou as medidas que devem ser adotadas pelos gestores interessados nesse
tema. “Os requisitos variam muito. Os senhores devem começar entrando em
contato com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente porque tem Estados que
facilitam a descentralização da gestão ambiental e outros nem tanto”,
explicou.
De forma geral,
segundo a representante da CNM, o Município precisa de normas específicas de legislação
ambiental, equipe minimamente estruturada e criar o Conselho Municipal de Meio
Ambiente. “Isso sem dúvida é um consenso e precisa
estar ativo e também ter um sistema de fiscalização”, indicou.
Ao licenciar, o Município ganha celeridade em tudo que impacta
localmente, o que facilita a gestão a aproveitar oportunidades de
empreendimentos. “Você consegue dar mais agilidade na emissão das licenças e atrair
investimentos para o seu Município e arrecadar taxas de licenças, ou seja, você
fiscaliza e arrecada. Ainda passa a se apropriar de todas as suas
potencialidades”, informou a representante da CNM ao sugerir que essas
ações ocorram por meio de consórcios públicos.
No campo
político, solicitou a atenção dos gestores ao PL 3.729/2004 que tramita no Congresso Nacional e retira a oitiva
dos Municípios do licenciamento ambiental. “Os Municípios - mesmo os que não
descentralizaram a gestão ambiental - têm direito de participar dos
licenciamentos de Estados e União. É muito importante que continue dessa forma,
diferentemente da proposta ”, alertou.
Saneamento
Os enormes desafios do Saneamento com a Lei 1.426/2020 que
define o novo Marco Legal fizeram parte da
apresentação.
Explicações
técnicas e políticas foram mencionadas pela palestrante com destaque para os Lixões. Nesse contexto, a supervisora da CNM
detalhou a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS). “A PNRS trouxe obrigações para União, Estados e Municípios além da
sociedade e do setor privado. É focada no desenvolvimento sustentável. É bom
que os senhores entendam a complexidade dessa Lei”, disse.
Ela
apresentou aos gestores o Observatório dos Lixões – ferramenta da CNM que
pretende auxiliar sobre o tema. “O Observatório dos Lixões é muito mais do
que um mapa. No Observatório, a gente mostra se o Município tem coleta
seletiva, compostagem e outras informações. A CNM também pode conferir outros
detalhes no site da CNM e nas nossas cartilhas”, reforçou.
Titularidade do saneamento
O Município é o responsável pela
titularidade do saneamento.
Com a nova legislação, a proposta é de que ela seja
regionalizada e essa adesão tem que ser feita pela gestão local como
condicionante ao recebimento de recursos técnicos - financeiros. “O Município que não
aderir a essa proposta feita pelos Estados ou pela União simplesmente deixarão
de ter qualquer tipo de apoio do governo federal”, alertou Cláudia Lins. O prazo de adesão encerra em julho deste
ano.
Além de
explicações nas áreas de Meio Ambiente e Saneamento, os gestores receberam
orientações nas áreas de Desenvolvimento Rural, Defesa Civil, Planejamento
Territorial e Trânsito e Mobilidade.
Da Agência CNM de Notícias
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