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terça-feira, 24 de março de 2015

CÂMARA DE IÚNA NÃO VOTA PLANO DO MAGISTÉRIO

Marcos Freire 
Os vereadores de Iúna, na sessão da Câmara realizada na noite de quarta-feira, resolveram não votar o projeto que define o Plano de Carreira do Magistério Municipal. 

A Mesa Diretora resolveu retirar o projeto de pauta, diante do parecer pela não aprovação da matéria dado pela Procuradoria da Câmara. Entre a ausência de documentos, foi levantado que o projeto criava cargos, o que impediria a aprovação da matéria, como determina a Constituição Federal, devido o percentual de gastos com a folha de pagamento do município estar acima do que permite a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Alguns vereadores também questionaram o fato do projeto – que havia sido devolvido pela Comissão de Justiça e Redação para a Prefeitura pela falta da declaração do ordenador de despesas do município – ter voltado no dia anterior da sessão. Outros disseram, ainda, que não haviam analisado direito o projeto e resolveram seguir o parecer da Procuradoria, já que, caso o projeto fosse aprovado, poderia render multas para o município que podiam passar de R$ 1 milhão, além de consequências jurídicas para os próprios vereadores.


A multa seria referente a um TAC assinado com o Ministério do Trabalho, que impede a criação de cargos no município, no caso da folha ultrapassar o limite 51,30%. Segundo informações dos vereadores, a folha está com o índice em 53,35%. Por isso, o vereador Jonildo Muzi (PR), que também é contador do município, afirmou que iria votar contra. “Voto contra, mas seria melhor se o projeto fosse retirado, porque se for aprovado vai trazer problemas, mas meu nome vai contar em ata como voto contrário”, disse.

Já o vereador Expedito Vieira de Andrade Filho (PDT) destacou que o projeto é resultado de cinco reivindicações feitas pelo Conselho Municipal de Educação, que foram transformadas em dois projetos. “Por que não fizeram um projeto para cada reivindicação?” – questionou. “No caso dos cuidadores, estamos precisando, mas não dos professores eventuais, que estão no mesmo projeto, o que prejudica, porque tem professor trabalhando de cuidador, com um salário bem maior”, completou.

Diante das argumentações dos demais vereadores, o presidente da Câmara, vereador José Marcos de Moraes – Marquinhos da Saúde (PRB), resolveu retirar o projeto de pauta e deu um prazo de 12 dias para todas as comissões analisarem a matéria.

Fonte: AQUIES

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