Com poucas dezenas de habitantes e alguns metros quadrados, estas
micronações foram construídas em plataformas abandonadas ou simplesmente
‘desenhadas’ na cabeça de seus idealizadores. A única semelhança entre elas é
que não constam nos mapas.
Quem
nunca sonhou em ter seu próprio país? Desejo de muitos, mas realidade para
pouquíssimos, criar e governar sua nação é uma possibilidade para alguns
sortudos e loucos espalhados pelos quatro cantos do mundo. Pequenas, 'fora do
mapa', porém muito barulhentas, estas micro nações bizarras surgiram da cabeça
de seus idealizadores que criaram bandeiras, moedas e até legislação.
Como se fossem países dos 'sonhos', estas nações não figuram nas
listas das mais corruptas, nem daquelas com mais impostos cobrados de seus
habitantes, elas apenas tentam sobreviver longe do selvagem mundo político. Em
comum, estes países possuem o fato de não serem reconhecidos pela Organização
das Nações Unidas (ONU) e não serem levados ‘muito a sério’ pelos verdadeiros
líderes mundiais.
Reino de
Talossa
Fundada em 1979 pelo jovem Robert Ben Madison, que na época tinha apenas 14
anos de idade, a micronação possui seu próprio idioma (o talossan) e moeda (a
Talossan Louis), além de um complexo sistema político com legislação interna e
até Primeiro Ministro. Comandada com 'mãos de ferro' pelo monarca John I,
Talossa enfrentou sua maior crise em 2004, quando dissidentes criaram a
República de Talossa. Contudo, retornaram a sua antiga pátria em 2013.
Localizada em diversas áreas do mundo, entre elas num trecho da
Antártida e nos Estados Unidos, mais precisamente em parte do território da
cidade de Milwaukee, na região dos Grandes Lagos, a micronação possui 13km².
Não reconhecido pelos Estados Unidos, o país tem 220 habitantes que geram um
PIB de US$ 800 mil.
Fundado
em 1963, o principado surgiu por uma falha jurídica, na visão de seu criador.
Giorgio I, que se autoproclamou príncipe de Saborga, afirma que a região não
consta descrita nem na criação da República Italiana (1946), nem na Unificação
da Itália (1861), por Giuseppe Garibaldi. Partindo deste pressuposto, o pedaço
de terra não possuía dono. O governo do país não reconhece as justificativas do
príncipe.
A micronação que está localizada ao norte da Itália, na região de
Ligúria, possui um território de quatro quilômetros quadrados. Durante a década
de 90, o país adotou uma moeda própria (Luigino) por alguns anos, porém depois
optou pelo Euro, com a criação da moeda única europeia. O atual monarca é o
Príncipe Marcello I que possui 399 súditos e ainda controla duas ordens de
cavaleiros (Santo Sepulcro e a de São Bernardo).
Celestia
Qual o maior país do mundo? Quem respondeu que é a Rússia errou! A maior nação
é a Celestia e seu tamanho é infinito. Fundada em 1949, por James Thomas
Mangan, a "Nação do Espaço Celestial" ocupada toda a área do Espaço
Sideral. Na época, a sua convicção sobre a propriedade da indefinida região era
tanta que ele protocolou nos principais países do mundo (entre eles Estados
Unidos, URSS e Reino Unido) a exigência da suspensão imediata dos testes
militares atmosféricos justificando invasão de território.
Com uma área, literalmente, incontável e uma população de 19 mil
membros que se declaravam habitantes do país, a nação era uma Monarquia
Constitucional. Contudo, o país sumiu do mapa após a morte de Mangan, na década
de 1970. Desde então, nenhum herdeiro ou cidadão interestelar veio requerer os
direitos sobre o extenso território.
Em
1966, Paddy Roy Bates decidiu fundar uma rádio pirata, mas o governo inglês
passou a persegui-lo. Para fugir, Bates se mudou para uma antiga plataforma
militar inglesa, porém foi desalojado. Contudo, o futuro rei de Sealand não
desistiu e rumou para outra plataforma abandonada, mas desta vez em águas
internacionais. O governo britânico tentou de novo expulsá-lo, mas neste caso a
justiça do país deu ganho de causa a Bates.
Com a vitória nos tribunais, ele decidiu dar um passo maior e
fundar seu próprio país dentro da base "Rough Towers", em 1966. Após
quase um ano da criação do Estado, em setembro de 1967, Bates convidou todos os
amigos para uma festa em sua nova nação e os surpreendeu ao se autoproclamar
Rei de Sealand. Construída de aço e concreto, a antiga plataforma funcionou
como uma base militar avançada da marinha inglesa durante a 2ª Guerra Mundial,
porém foi abandonada após o fim do conflito.
O país que possui apenas 550 m² e
cerca de 30 habitantes não é reconhecido oficialmente pela ONU, porém em sua página
oficial afirma que a Alemanha e o Reino Unido o reconhecem. O atual monarca é
Michel Bates, filho do Rei Paddy Bates que faleceu em 2012, aos 91 anos.
Fonte: UOL / Eco Viagem
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