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quarta-feira, 25 de março de 2015

Crise: setor de cerâmica em Campos já demitiu 30% dos funcionários

Mesmo sendo o maior fornecedor de tijolos para as cidades do Rio de Janeiro e Espírito Santo e produzindo cerca de 70% do produto no Estado do Rio, o ano de 2015 começou ruim para o setor de cerâmica campista. O escândalo na Petrobras e a crise enfrentada pela queda no preço do barril de petróleo, que afeta indiretamente o ramo, vem trazendo prejuízos incalculáveis aos produtores da região, que possivelmente, podem vir a fechar suas portas.

Por conta disso, a venda de materiais de construção no setor atacadista caiu 16,4% em fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, e 6,4% em relação a janeiro. Nos dois primeiros meses do ano, os negócios diminuíram 13,9% na comparação com o primeiro bimestre do ano passado. No acumulado de 12 meses (de março de 2014 a fevereiro deste ano), houve retração de 9,2%. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Cerâmica para a Construção de Campos, Amaro da Conceição Ribeiro, cerca de 30% dos funcionários já foram demitidos devido a essa retração no mercado, onde o mesmo chama de “efeito dominó”, ou seja, de cima para baixo. 

“Com essa crise da Petrobras, o Rio de janeiro está um caos e as empresas não estão tendo dinheiro para comprar nossos produtos”. Ele alerta que, apesar de existirem grupos na área com situação mais tranquila, o caminho é sem volta, podendo até mesmo, levar a falência total de alguns empreendimentos.

“Não tem solução para o que estamos enfrentando, porque a gente faz tijolo pra vender e se não há vendas, o setor para, entretanto, se você deixa de produzir porque não vende, o prejuízo é ainda pior, isso é fato”, alarmou o sindicalista.

O polo cerâmico campista possui 120 indústrias, sendo que 114 são sindicalizadas.

No último dia 20, o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei com o mesmo teor da Medida Provisória (MP) 669, devolvida ao Executivo no início do mês, propondo a elevação das alíquotas da contribuição previdenciária de empresas.

A meta de crescimento do setor deve ser reavaliada após o fechamento do desempenho de março, informou a Abramat.

Postado por: KELLY MARIA

Fonte: URURAU


Fonte: Ururau



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