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quinta-feira, 19 de março de 2015

Justiça obriga Cedae a fornecer carros-pipa a Maricá

Decisão foi tomada nesta terça-feira, após reclamação da prefeitura, para atendimento a serviços essenciais. Companhia diz que investe R$ 70 milhões na cidade
O DIA

(imagem da internet, meramente ilustrativa)
Rio - Decisão da 2ª Vara Cível de Maricá, proferida nesta terça-feira (17), obriga a Cedae a fornecer carros-pipa que garantam a continuidade dos serviços essenciais na cidade. A decisão atende Ação Civil Pública proposta pela prefeitura para resolver o grave desabastecimento de água na cidade.

O pedido contempla o atendimento às pessoas portadores de doenças crônicas graves, com deficiência física, motora ou mental, a crianças com até um ano de idade e idosos com dificuldades motoras – desde que vivam em locais ligados à rede de abastecimento.

A relação inclui também escolas públicas e particulares, creches e unidades de Saúde, delegacia, postos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, órgãos dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, o Fórum, a Defensoria Pública e o INSS, entre outros órgãos.

Cedae anuncia investimentos
Em nota, a Cedae informou que já vem fornecendo carros-pipa para consumidores de Maricá sempre que solicitado. "O abastecimento no município foi prejudicado este ano pela estiagem e pelas altas temperaturas, que reduziram a vazão do rio Ubatiba, fonte da água bruta que é captada para tratamento e abastecimento do município", disse a empresa.

Para reforçar o abastecimento do município, a Cedae informou ainda que está finalizando um investimento de cerca de R$ 70 milhões para aumentar a oferta de água nas regiões de Inoã e Ponta Negra e já inaugurou o sistema de abastecimento de Itaipuaçu. As obras incluíram a construção de dois reservatórios, adutora, redes distribuidoras e um conjunto de bombas que regula a pressão na rede.

"A obra triplicou a antiga vazão, reforçando o abastecimento da região no entorno do Comperj. Além disso, a Cedae inaugurou a ETA (Estação de Tratamento de Água) Maricá, aumentando a oferta de água de 80 para 120 litros por segundo, correspondendo a um acréscimo de 50%. A Cedae já dobrou as equipes de manutenção nas ruas em busca de vazamentos que possam estar reduzindo a pressão nas redes e fazendo manobras operacionais para estabilizar o sistema", disse a nota.

Concessão pode ser contestada
Ainda de acordo com o procurador, o documento exige que a Cedae adeque no menor prazo possível seu cronograma de expansão das redes às demandas de crescimento da cidade, ou abra mão do contrato de fornecimento assinado no fim de 2008.

“A Justiça apenas começou a cobrar seriedade da Cedae no trato com nossa cidade e com o nosso povo”, afirma o prefeito Washington Quaquá. “Esperamos que o próximo passo seja contestar a concessão, cujo contrato não está sendo cumprido", finaliza.

O procurador do município disse que decisão representa um fato bastante significativo, até mesmo em termos jurídicos, já que, segundo ele, a Justiça acolher pedido de tutela coletiva formulado por municípios é muito raro. "A Justiça reconheceu na sentença a exceção nesse caso e a gravidade da situação denunciada pela prefeitura”, avalia.

“Com isso garantimos a proteção das pessoas que se encontram mais vulneráveis e necessitadas de atendimento especial, carentes de abastecimento emergencial para a manutenção de suas vidas”, completa.

Fonte: O Dia / Estado




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