Em
seus pedidos, as empresas argumentaram ter havido um "descasamento"
entre as tarifas e os custos de distribuição.
A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) decidiu, nesta terça-feira, negar os pedidos feitos por oito
distribuidoras do grupo CPFL Energia para aplicação de um novo reajuste de
tarifas, além do previsto dentro do calendário normal, a chamada Revisão Tarifária
Extraordinária.
Em seus pedidos, as empresas
argumentaram ter havido um "descasamento" entre as tarifas e os
custos de distribuição.
Entre as razões apresentadas
estão o aumento dos custos da energia comprada de Itaipu, cujo preço é
referenciado em dólar, assim como uma alta nos gastos devido ao acionamento de
termelétricas por causa do nível baixo nos reservatórios das hidrelétricas.
As empresas justificaram o
pedido também com o repasse de um novo rateio da conta de desenvolvimento
energético (CDE), encargo que financia subsídios ao setor e que desde o ano
passado deve ser arcado em sua maior parte pelos consumidores residenciais.
Em sua segunda reunião
ordinária do ano, a diretoria da Aneel considerou sem mérito os pedidos feitos
pelas distribuidoras, alegando não haver fator extraordinário, ou seja,
inteiramente fora do previsto, que justificasse a medida.
O preço da energia de Itaipu
sofreu uma redução para 2016, justamente para acomodar as diferenças de câmbio.
A CDE também teve seu orçamento reduzido para este ano.
Em relação aos despachos
térmicos e o risco hidrológico, “as variações dos referidos custos foram
significativamente mitigadas com a implementação do sistema de Bandeiras
Tarifárias”, informou o diretor da Aneel José Jurhosa Júnior em uma das
decisões.
Tiveram negados seus pedidos de
aumento de tarifa a CPFL Paulista, CPFL Leste Paulista, CPFL Piratininga, CPFL
Mococa, CPFL Santa Cruz, CPFL Sul Paulista e CPFL Jaguari, todas atuantes no
Estado de São Paulo, e ainda a CRGE, que opera no Rio Grande do Sul.
Edição: Maria Claudia
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
(EBC - Agência Brasil)
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