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domingo, 24 de janeiro de 2016

Materiais cirúrgicos novos vão para o lixo por passarem da validade, no Rio.


Itens estavam abandonados em depósito da Secretaria Estadual de Saúde. Produtos vieram da Alemanha e podem ter custado até R$ 15 mil.



Itens fundamentais para cirurgias da rede estadual de saúde estão abandonados dentro da Central Geral de Abastecimento da Secretaria de Estado de Saúde, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Sem uso, a maior parte dos 7,5 mil artigos cirúrgicos vai acabar indo para o lixo. Entre o que será descartado estão próteses e órteses de fêmur e quadril, além de cateter para cirurgia do coração e remédios para HIV, como mostrou o RJTV deste sábado (23).

Avaliado em R$ 2 milhões pela Secretaria de Saúde, todo o material encontrado no depósito da significa evidente desperdício de dinheiro público, de acordo com Grupo de Saúde do Ministério Público do Rio, que descobriu o estoque de produtos. Segundo constataram os promotores do MP, os materiais são importados; muitos vieram da Alemanha e chegam a custar R$ 15 mil. Essa semana o  órgão fez  uma denúncia à delegacia de Niterói e a central de abastecimento foi interditada.

Alguns dos itens estavam vencidos há cinco anos. Outros estão com data de validade bem próxima, março de 2015, por exemplo. Uma das próteses de quadril encontrada durante a fiscalização do MP venceu em dezembro de 2012. Todo o material está intocado e tem o selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Enquanto isso, alguns pacientes esperam há meses por uma cirurgia para implante de prótese. É o caso da irmã de Mônica, que está internada desde de 20 de novembro no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio.

Como Mônica contou ao RJ, a irmã, Simone, escorregou em casa, em Mesquita, na Baixada Fluminense, e não conseguiu mais andar. Agora, Simone espera uma prótese de quadril. Mônica disse que já procurou a ouvidoria do hospital e a Defensoria Pública. Ela conseguiu uma liminar na Justiça para que a operação fosse feita, mas o hospital alega que não há prótese para que a cirurgia seja feita. Também diz que não há previsão de compra do item.

O secretário de saúde, Luiz Antônio Teixeira Junior, considerou o desperdício lamentável e disse que irá abrir uma sindicância para apurar quem é o responsável por deixar o material vencer. O representante da pasta também informou que um levantamento de todo o material estocado será feito. A reposta, porém, pode ter chegado tarde para Simone, que há uma semana foi transferida para a unidade de tratamento intensivo do Getúlio Vargas. 
















(G1 - Rio de Janeiro)





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