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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Conselheiros Tutelares apresentam propostas de melhorias para o setor

A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) sediou, na quinta-feira (12/02), uma reunião dos membros da Associação de Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares do Estado do Rio (Aceterj).



Presidido pelo deputado Waldeck Carneiro (PT), o encontro foi realizado no Auditório Senador Nelson Carneiro, no prédio anexo ao Palácio Tiradentes, como um ato de desagravo ao assassinato dos três conselheiros tutelares em Poção, Pernambuco, no dia (06/02).

Além de se reunirem, os participantes também apresentaram propostas de melhoria para o setor, como o aumento do número de funcionários e o fim da acumulação de funções.

“Os conselheiros enfrentam dificuldade de infraestrutura para exercer seu papel no Estado do Rio e, com os assassinatos em Pernambuco, o tema veio à baila de maneira relevante. Temos que aproveitar a situação para começar a virar a página desses profissionais que militam e atuam na proteção e na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes, mas não têm a segurança que precisam”, pontuou Waldeck.

Entre as principais reclamações, está a falta de funcionários.

De acordo com a resolução 139/10, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), é necessário um Conselho Tutelar a cada 100 mil habitantes.
Essa medida, de acordo com a Aceterj, não tem sido cumprida. “Esse número ainda está muito aquém do necessário”, afirmou Sérgio Henrique Teixeira, assessor técnico do órgão.

Ainda segundo a associação, a Cidade do Rio de Janeiro tem cerca de 6,4 milhões de habitantes e deveria, com isso, dispor de 64 conselhos, mas conta apenas com 16.
A entidade afirma que, em todo o estado, existem 655 conselheiros, divididos em 131 conselhos.

Além da falta de recursos humanos, os profissionais da área lidam com a acumulação de funções que não são de sua responsabilidade, como transportar crianças ou jovens no carro do Conselho

“Tudo indica que nossos companheiros de Pernambuco estavam levando uma criança da casa da avó paterna para a casa da avó materna quando foram assassinados. Eles não deveriam estar fazendo isso, mas, por falta de infraestrutura, acabaram fazendo”, explicou Teixeira.


Presente na reunião, o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ) Siro Darlan, membro do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, propôs criar cursos de capacitação para minimizar esses problemas e conhecer melhor as demandas da categoria

“Vim aqui justamente para saber o que eles precisam e como eles querem fazer, porque esse curso não pode ser impositivo e, sim, cooperativo”, concluiu.

Fonte: ALERJ

Imagem extraída da internet (Google Imagens)

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