A última greve dos servidores de Educação municipal do Rio terminou em
junho do ano passado.
Mesmo oito meses após o término da paralisação, ainda há funcionários
tendo descontos em seus salários.
A professora Elizabeth Gonçalves Antunes Cabanez, de 35 anos, teve mais de R$ 3.900 descontados desde
junho de 2014.
“O contracheque
de julho veio sem os descontos e eu achei que eles tinham acabado, mas voltaram
em agosto.A sensação é que estamos sendo punidos. Não saber o quanto você vai
ganhar no mês que vem desestabiliza, é um desrespeito com a categoria”, afirma Elizabeth, que participou de toda a greve do ano passado, entre
12 de maio e 27 de junho.
A professora Alessandra Garcia de Almeida, de 37 anos, também vem
sofrendo descontos até agora, incluindo no contracheque de janeiro, o mais
recente.
A falta do
dinheiro — em junho, ela recebeu apenas R$ 229,51 de salário líquido, menos de
10% do que ganha normalmente — obrigou a
docente a parcelar a fatura do cartão de crédito.
“Eu sempre
pago à vista, para fugir dos juros altos. E ainda tive que recorrer a uma
reserva que tenho na poupança, para não atrasar as contas”, relata.
A Secretaria
municipal de Educação informa que os descontos se referem a faltas não
justificadas, já que a greve foi considerada abusiva pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
Outras reduções ainda podem vir porque, de acordo com a pasta, cada
situação está sendo avaliada individualmente.
A
secretaria não explica como o desconto é calculado, apenas afirma que ele varia
conforme a carga horária e os benefícios que cada servidor recebe.
Quem tiver
dúvidas deve ir à sua Coordenadoria Regional de Educação (CRE).
Fonte: extra.globo.com
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