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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Servidores da Educação municipal do Rio ainda recebem descontos no salário oito meses após fim de greve


A última greve dos servidores de Educação municipal do Rio terminou em junho do ano passado.

Mesmo oito meses após o término da paralisação, ainda há funcionários tendo descontos em seus salários.

A professora Elizabeth Gonçalves Antunes Cabanez, de 35 anos, teve mais de R$ 3.900 descontados desde junho de 2014.

“O contracheque de julho veio sem os descontos e eu achei que eles tinham acabado, mas voltaram em agosto.A sensação é que estamos sendo punidos. Não saber o quanto você vai ganhar no mês que vem desestabiliza, é um desrespeito com a categoria”, afirma Elizabeth, que participou de toda a greve do ano passado, entre 12 de maio e 27 de junho.

A professora Alessandra Garcia de Almeida, de 37 anos, também vem sofrendo descontos até agora, incluindo no contracheque de janeiro, o mais recente.

A falta do dinheiro — em junho, ela recebeu apenas R$ 229,51 de salário líquido, menos de 10% do que ganha normalmente — obrigou a docente a parcelar a fatura do cartão de crédito.

“Eu sempre pago à vista, para fugir dos juros altos. E ainda tive que recorrer a uma reserva que tenho na poupança, para não atrasar as contas”, relata.


A Secretaria municipal de Educação informa que os descontos se referem a faltas não justificadas, já que a greve foi considerada abusiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Outras reduções ainda podem vir porque, de acordo com a pasta, cada situação está sendo avaliada individualmente.

A secretaria não explica como o desconto é calculado, apenas afirma que ele varia conforme a carga horária e os benefícios que cada servidor recebe.


Quem tiver dúvidas deve ir à sua Coordenadoria Regional de Educação (CRE).


Fonte: extra.globo.com

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