Camilla Muniz
Menos uma hora de sono para ir à academia, menos
uma para fazer um curso extra... A demanda de múltiplas atividades durante o
dia tem tornado as noites cada vez mais curtas. Dormir pouco, contudo, eleva o
risco de diversas doenças, sobretudo problemas circulatórios, como diabetes,
hipertensão arterial, arritmias cardíacas e AVC. Comemorado hoje, o Dia Mundial
do Sono visa a conscientizar a população desse perigo.
Um estudo recente da Universidade de Chicago, nos
Estados Unidos, mostrou que dormir mal por três noites já é suficiente para
aumentar o risco de diabetes tipo 2, mesmo em pessoas saudáveis, já que isso
reduz a capacidade da insulina de regular a quantidade de açúcar no sangue.
— Acredita-se que dormir pouco ativa o sistema
nervoso autonômico, que prepara o corpo para situações de estresse. Isso faz
com que sejam liberadas na corrente sanguínea uma série de substâncias, que vão
contribuir para alterações como aumento da pressão e da frequência cardíaca —
explica o otorrinolaringologista Fernando Oto Balieiro, especialista em
medicina do sono e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e
Cirurgia Cérvico-Facial.
Segundo o médico, alguns distúrbios diminuem a
qualidade do descanso durante a noite, o que simula no organismo a privação de
sono.
—
Muitas pessoas acham que roncar, por exemplo, é uma coisa normal, que vem de
família. Passam o dia cansadas, irritadas, com perda de concentração, ganham
peso e atribuem isso à correria do dia a dia — ressalta o médico.
Problemas
relacionados ao sono nem sempre são fáceis de ser percebidos pelo paciente, já
que se manifestam enquanto a pessoa dorme. Procurar um especialista para fazer
um exame de polissonografia, que rastreia distúrbios do tipo, é importante para
obter diagnósticos e dar início a tratamentos, se necessário.
Fonte: extra.globo.com
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