Contato

Contato

domingo, 29 de março de 2015

Prefeitura de Vitória aperta o cinto e corta mais de R$ 52 milhões em despesas

Por conta da tão falada crise financeira atravessada pelo país e pelo Estado, a Prefeitura Municipal de Vitória (PMV) anunciou, no início da tarde desta sexta-feira (27), um corte de mais de R$ 52 milhões em seus gastos para o ano de 2015. Os secretários garantem que as áreas e interesse social e os serviços prestados à população não serão afetados.

Para se chegar ao montante, os contratos da PMV passaram por uma readequação ao orçamento da Prefeitura, conforme a nova realidade com quedas na receita do município. O resultado da análise provocou redução em contratos com prestadoras de serviços de vigilância patrimonial e limpeza pública – cortes de R$ 12 milhões e R$ 10 milhões, respectivamente, nesses contratos.

Também foram reduzidos 195 cargos comissionados (a intenção é chegar a 200), contratos para manutenção de áreas verdes e praças públicas, locação de veículos. Os servidores também terão que economizar na energia elétrica, água e telefone.

“A nossa proposta não atinge a população. Essa primeira redução, essa primeira adequação de contrato, atinge mais o nosso público interno. Vai atingir o dia a dia das secretarias, o dia a dia dos nossos servidores, mas não afeta a população”, garantiu o secretário de Administração, Davi Diniz.

O secretário da Fazenda, Alberto Borges, explicou que as reduções com valores de contrato foram necessárias para que a Prefeitura da capital pudesse se readequar ao cenário de quedas na receita no município.

De acordo com ele, em 2008, mais da metade da receita da capital (515) era proveniente do ICMS, repassado pelo Estado aos municípios. Ao longo dos anos, esse percentual foi caindo até se chegar a estimativa de R$ 33% para este ano, perdendo o posto de principal fonte de receita para o Imposto Sobre Serviço (ISS), 34,2%. “Foi, de longo, a cidade que mais perdeu recursos por ter maior participação no ICMS”, frisou Borges.

Parte desse ICMS chegava ao município por conta do Fundap. Em 2013, quando esse fundo foi extinto, a Prefeitura teve R$ 85 milhões de perda. Com isso, a receita disponível também foi sendo reduzida.

Para este ano, o montante é de R$ 1,125 bilhão, porém esse valor serve para pagar despesas obrigatórias, como folha de pagamento, precatórios, vale alimentação e encargos. O saldo que resta fica em torno de R$ 244 milhões.

Além da readequação dos contratos, a Prefeitura de Vitória também vai lançar a partir de 10 de abril a nova fase do programa Nota Vitória com pagamento de premiações e créditos para celular aos contribuintes. Outra forma para evitar maiores quedas na receita é com o Refis, que recebeu R$ 69 milhões, no ano passado, e com títulos de protesto, renderam outros R$ 10 milhões.


Leone Oliveira

Fonte: ESHOJE




Nenhum comentário:

Postar um comentário