As linhas
telefônicas dos setores administrativos do Estado do Rio foram cortadas pela
operadora Oi por falta de pagamento.
(imagem meramente ilustrativa - Google Imagens)
É mais uma consequência da grave crise que atinge o governo nos
últimos meses. O corte foi feito em alguns setores das áreas da Educação e da
Saúde, por exemplo, mas não houve desligamento de linhas de serviços essenciais
como escolas, hospitais e unidades de polícia. Deixaram de funcionar telefones
e internet da Secretaria de Planejamento e Gestão, da Fundação de Apoio à
Escola Técnica (Faetec) e do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação
do Estado do Rio (Proderj), entre outros setores.
Até mesmo alguns secretários ouvidos
pela coluna tiveram os telefones dos gabinetes cortados. Servidores não
conseguem fazer ligações externas em seus ambientes de trabalho, somente
internas. Houve casos em que as linhas funcionaram somente para receber
chamadas. Em algumas áreas da Educação os telefones estão mudos há mais de sete
dias. Em nota, a Oi informou que “cortou algumas linhas telefônicas e links de
dados que atendem áreas administrativas do governo do Estado do Rio de Janeiro
por falta de pagamento. A companhia mantém o funcionamento de telefones de
serviços essenciais”.
Questionado pela coluna, o governo
divulgou que foi surpreendido pela informação do corte: “A Secretaria de Estado
de Fazenda não foi informada, oficialmente, pela empresa Oi, de qualquer
desligamento de telefones ou suspensão de serviços de dados em secretarias ou
órgãos do governo estadual. A nota veiculada pela empresa surpreendeu o corpo
técnico da Secretaria de Fazenda, que está fazendo levantamento dos débitos do
governo com a Oi e, também, dos débitos da empresa com o governo”.
VÁRIAS TENTATIVAS
Há meses o
governo vem negociando com a Oi o pagamento das contas de telefone que estão
atrasadas. A surpresa veio com o corte mesmo durante o processo de acordo.
Apesar de o corte pela falta de pagamento atingir diversas áreas
administrativas do estado, os telefones do Palácio Guanabara e da Secretaria de
Fazenda não foram cortados.
ÁREAS PRIORITÁRIAS
A queixa
entre o funcionalismo foi grande, uma vez que desde segunda-feira alguns
servidores não conseguem dar prosseguimento aos trabalhos. Falta conexão à
internet em alguns setores, o que tem prejudicado a execução de algumas
tarefas. “Nem todas as áreas foram cortadas, assim vemos o que é prioridade
para o estado”, desabafou uma servidora.
R$ 128 POR ESCOLA
Atualmente,
a conta de telefone de uma escola estadual é R$ 128. Em 2014, estas contas
representaram um gasto de R$ 2,2 milhões. Para este ano a estimativa é de R$
1,8 milhão. Já o total gasto com pacote de dados, que inclui internet móvel,
foi de R$ 35 milhões em 2014 e será de R$33 milhões em 2015.
25 MIL LINHAS
Os dados
foram apresentados ontem na Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa do
Estado do Rio (Alerj). Atualmente, o estado tem 25 mil linhas telefônicas. Em
2015, o estado já gastou R$ 90,4 milhões com telefonia móvel e internet. A
Educação informou que reduziu 25% os serviços de voz com telefonia.
RENEGOCIAÇÃO
O
subsecretário de gestão da Casa Civil, Silvio Mantuano, informou na audiência
da Comissão de Orçamento da Alerj que o Estado do Rio tem feito o “dever de
casa”: “Reduzimos em torno de 20% o número de linhas fixas e renegociamos com
as operadores débitos em atraso entre 2012 a 2014”.
AINDA SEM PREVISÃO
Os
servidores públicos das áreas administrativas não receberam previsão das
chefias de quando os telefones voltarão a funcionar. Antes da nota enviada pela
operadora Oi à coluna, a Secretaria Estadual de Fazenda informou até então
desconhecer os cortes nas linhas telefônicas dos órgãos públicos.
SEGURANÇA PÚBLICA
Servidores da área de Segurança
Pública estão temerosos com a possibilidade de não haver mais aumento em 2016,
mesmo que para isso fosse necessário derrubar a lei em vigor. Procurado, o
Palácio Guanabara informou que isso não é cogitado pelo governador Pezão.
Por Alessandra Horto / Postado por Coluna do Servidor
às 10:50 pm
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