Exame de DNA
foi feito no dia quatro de março por oito pessoas, em Vitória. Outras 10 famílias ainda vão se submeter ao mesmo procedimento.
Os exames de DNA que foram feitos por oito possíveis
parentes de Clarinha, a paciente vítima de atropelamento e que está internada
em coma há 15 anos no Hospital da Polícia Militar (HPM) do Espírito Santo,
deram negativo. O exame de DNA foi feito no dia quatro de março.
O Ministério Público do Estado do Espírito
Santo (MP-ES), por meio do Grupo Especial de Trabalho
Social (Getso), informou que recebeu o resultado do laboratório na quarta-feira
(30).
O MP-ES informou que aguarda o recebimento de mais um resultado desse
primeiro grupo de oito pessoas, formado por supostos pais e filhos de
'Clarinha'.
O Ministério Público informou que já está fazendo contato com um segundo
grupo, formado por dez pessoas, com possíveis parentescos diversos, como
irmãos, para a realização de coleta de material genético.
'Clarinha'
Depois que o caso ganhou repercussão na
mídia, o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) recebeu 102 ligações de
famílias que acreditavam ter grau de parentesco com a mulher.
Clarinha, como é chamada pela equipe médica, foi atropelada no Dia dos
Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. Desde então, segue em coma no Hospital da Polícia
Militar (HPM) e ninguém a procurou no hospital.
Uma triagem foi realizada e o Ministério Público (MP-ES) chegou a vinte
famílias com possíveis ligações. O primeiro grupo, que fez o exame, é de
pessoas que podiam ser pais ou filhos de Clarinha. Isso, porque é mais fácil de
localizar o DNA pela proximidade de parentesco. Os exames foram feitos na Casa
do Cidadão, em Vitória.
Todas essas famílias tem uma história e sentimentos em comum: a tristeza
e angústia de não saber notícias de um familiar.
O caso
O Ministério Público informou que, de acordo com relatos de testemunhas
na época, ela estava fugindo de um perseguidor, também não identificado, correu
para o meio de uma avenida movimentada no Centro de Vitória e foi atropelada
por um ônibus.
A vítima foi levada para o antigo Hospital São Lucas, onde passou por
diversas cirurgias. Ainda de acordo com o Ministério Público (MP-ES), o cérebro
foi afetado, impedindo que ela retornasse de um coma profundo.
Sem documentos e com as digitais desgastadas, buscou-se, em um primeiro
momento, encontrar algum conhecido dentre as testemunhas do acidente, mas
ninguém tinha qualquer notícia da mulher. Em seguida, Clarinha foi internada no
HPM.
O Ministério Público (MP-ES) informou que tentaram encontrar algum
familiar com o auxílio de outros Ministérios Públicos, em bancos de
desaparecidos, em delegacias, tudo na tentativa de identificação, sem sucesso.
A falta de identificação traz problemas diretos para qualquer cidadão.
No caso dela, não é diferente. Nesse sentido, o Ministério Público (MP-ES)
disse que tem feito um trabalho intenso por todos esses anos para buscar
familiares ou conhecidos de Clarinha.
A promotora de Justiça Edwirges Dias expediu ofícios para todos os
Ministérios Públicos, no sentido de integrarem essa campanha de identificação,
apoiada pela também promotora de Justiça Arlinda Maria Barros Monjardim.
“Trata-se de uma situação muito ruim, se observarmos que a Clarinha está
viva e deve existir uma família em busca de notícias dela”, disse Edwirges.
As pessoas que tiverem alguma pista da identidade da Clarinha devem
procurar o Ministério Público (MP-ES) por meio do Promotoria de Justiça
localizada no Centro Integrado de Cidadania (Casa do Cidadão) na avenida
Maruípe, 2.544, Bloco B, Itararé- ES - Vitória.
Juirana Nobres e Esther Radaelli / Do G1 ES
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