No dia seguinte ao
acidente da Chapecoense, uma pessoa se dizendo representante de um sheik árabe
ligou para o clube se dispondo a ajudar. Educadamente, a primeira reação foi
anotar o telefone de contato da pessoa e dizer que estavam de portas abertas. Um
novo contato foi feito dias depois, dizendo que o sheik visitaria o clube nos
próximos dias. A visitação nunca aconteceu e o assunto passou a ser lembrado em
momentos de rara descontração nos bastidores do clube.
O
que era tratado com status de "pegadinha" no clube,
surpreendentemente, tornou-se realidade nesta semana, quando chegou uma
comunicação formal da CBF avisando: o sheik do Catar está a caminho do Brasil.
Tamim bin Hamad bin Khalifa Al Thani chegará no sábado à Arena Condá. Quer
trazer apoio ao clube vitimado pelo acidente que matou 71 pessoas na Colômbia.
A
CBF está organizando a chegada da autoridade árabe ao Brasil. Ele entrou em
contato com a entidade há alguns dias, dizendo que estava muito sensibilizado
com a tragédia do clube e se oferecendo para ajudar no que fosse preciso. O
sheik será acompanhado pela embaixada do Catar no Brasil.
A ideia inicial do
sheik era estar presente no velório das vítimas, realizado há pouco menos de
duas semanas, mas a viagem acabou sendo adiada. O sheik teve contato com o
ex-técnico Caio Júnior quando o brasileiro trabalhou no Al-Gharafa, entre
2009-2011. Apaixonado por futebol, Al Thani teria ficado bastante
sensibilizado com a morte do treinador.
Michael Jackson
Até
o contato da CBF, a oferta do sheik era vista como parte de ligações que mais
parecem brincadeiras de mau gosto.
Uma delas vem de uma pessoa que se
identificou como filho do cantor Michael Jackson.
Na
ligação, o suposto parente da lenda do pop tomou nota dos dados bancários do
clube e ficou de depositar um valor para ajuda. A quantia, no entanto, até
agora não apareceu nas contas da Chapecoense.
Gabriela Moreira,
blogueira do ESPN.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário