No
dia 31 de maio é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Fumo. A data foi criada
para relembrar a população sobre os perigos que o tabagismo apresenta para a
saúde e reafirmar a importância da qualidade de vida.
Segundo
dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 200 mil pessoas morrem
no Brasil a cada ano em decorrência de doenças causadas pelo cigarro –
consideradas também as principais causas de morte no mundo.
Entre
os riscos gerados pelo tabagismo, está o aumento da possibilidade da ocorrência
de derrame cerebral e aneurismas arteriais; câncer de faringe, boca, laringe,
esôfago, pâncreas e bexiga; doenças no coração como angina e infarto no
miocárdio; aumento da probabilidade de enfisema pulmonar; infecções
respiratórias; bronquites crônicas; impotência e trombose.
Só
na fumaça são cerca de 4,7 mil substâncias tóxicas. A nicotina, por exemplo, é
um grande estimulante do sistema nervoso central, eleva a pressão sanguínea e a
frequência cardíaca. Já o alcatrão eleva o risco de doenças cardiovasculares e
a probabilidade de cânceres. “O tabagismo, junto com outros fatores, aumenta de
forma significativa os riscos de doenças cardiovasculares. O fumo altera os
fatores coagulantes do sangue, como o fibrinogênio, facilitando o aparecimento
da trombose”, ressalta o angiologista e cirurgião vascular da Life Clínica, Dr.
Silvio Prudêncio.
(imagem da internet*) |
Os
riscos aumentam pois as substâncias presentes no cigarro diminuem o calibre dos
vasos sanguíneos fazendo com que o sangue circule menos. “O fibrinogênio serve
para formar um trombo (coágulo) no local do ferimento e evitar que a pessoa
tenha uma hemorragia, se dissolvendo após a cicatrização. Porém, nos fumantes,
esses trombos se formam em um local onde não houve sangramento, constituindo a
trombose”, explica.
Comum
nos membros inferiores, a doença é assintomática apresentando apenas inchaço.
“Quando a trombose se manifesta por meio da dor, ela já está avançada, podendo
evoluir até a amputação dos membros”, orienta.
(imagem da internet*) |
O
mais surpreendente, diferente do que muitos sabem, é que os males causados pelo
tabagismo não dependem necessariamente da quantidade que se fuma, nem da idade.
Quem fuma pouco pode ter doenças graves causadas pelo cigarro. “Um exemplo
claro é a tromboangeíte obliterante, que acomete fumantes mesmo de baixas
doses, geralmente jovens, levando a intenso sofrimento e perdas progressivas
das extremidades como, por exemplo, dedos, pênis e membros, até a morte, a qual
tem poucas possibilidades de tratamento”, explica Prudêncio.
Hoje
existem tratamentos gratuitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), com
acompanhamento de profissionais para quem deseja parar de fumar. Dados mostram
que após dez anos sem cigarro os riscos de doenças relacionadas ao fumo são
iguais aos de quem nunca fumou.
(imagem da internet*) |
Antonio Silvio Oliveira Prudêncio (médico
angiologista).
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* imagem da internet, de caráter meramente ilustrativo.
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