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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Em ano de crise, redução de gastos de deputados capixabas é mínima.


A reportagem levantou dados no Portal da Transparência da Casa.


(imagem da internet, meramente ilustrativa)

Em ano de crise, os gastos dos deputados federais que representam o Espírito Santo mantiveram-se praticamente inalterados quando se compara o primeiro semestre de 2016 com o mesmo período do ano passado. O desembolso da Câmara para bancar a cota parlamentar foi apenas 5% menor.


A reportagem levantou dados no Portal da Transparência da Casa. De fevereiro a junho deste ano a despesa dos dez deputados capixabas, juntos, foi de R$ 1.376.407,00. Já no mesmo período de 2015 chegou a R$ 1.449.560,59.


A cota é um valor mensal a que cada deputado tem direito para custear o mandato. Com a verba, é possível pagar desde tíquetes de estacionamento e pedágio a passagens aéreas, além de combustível, contas de telefone, corridas de táxi, contratação de consultorias, serviços postais e de divulgação da atividade parlamentar. Até alimentação entra na conta. 


O mês de janeiro foi descontado para efeito de comparação porque em janeiro do ano passado os parlamentares, eleitos em 2014, ainda não estavam no exercício do mandato. Eles tomaram posse em fevereiro.


Mas em janeiro de 2016, mês em que estão em recesso, uma espécie de férias, em que sessões não são realizadas, o portal também registrou despesas dos parlamentares com a cota. O dispêndio foi de R$ 240.514,62 com a bancada capixaba somente naquele mês. No total, levando em conta o período de janeiro a junho deste ano, o gasto dos 10 deputados foi de R$ 1.616.921,91.


Cada deputado do Espírito Santo tem direito a R$ 37.423,91 por mês. Há meses em que o valor extrapola essa cifra, mas de acordo com a assessoria da Câmara dos Deputados, isso se dá porque as notas que comprovam as despesas podem ser apresentadas até três meses após o gasto ter sido efetuado. O salário de um deputado é de R$ 33.763,00 brutos.


Ranking


Quem mais gastou no primeiro semestre foi Sérgio Vidigal. De janeiro a junho deste ano a despesa do pedetista foi de R$ 196.114,66. Em segundo aparece Lelo Coimbra (PMDB), com R$ 195.222,75. Em terceiro está Helder Salomão (PT), com R$ 194.463,26.


O petista, aliás, aumentou o gasto com a cota em 55% entre fevereiro e junho do ano passado e o mesmo período deste ano.


"Ano passado minha assessoria só foi para o interior junto comigo.

Esse ano traçamos que a assessoria visitaria os municípios do interior para anotar as demandas sem a minha presença. Assim, o gasto com combustível deve ter aumentado. E também contratamos uma consultoria para qualificar o mandato. A consultoria faz projetos sobre pequenas e micro empresas, que é uma área em que temos atuação constante", afirma Helder. "E eu não uso a cota parlamentar para alimentação. Acho uma coisa muito pessoal", complementou.


Vidigal, por meio de nota, informou que presta contas de suas ações e cria mecanismos para um mandato participativo. "Ouvimos as comunidades, discutimos os problemas do Espírito Santo e apresentamos projetos que, certamente, vão contribuir, e muito, para mudar a história desse Estado", diz o texto. Na nota, Vidigal afirma ainda que ao final de 2015 era o quarto colocado no ranking de gastos da bancada capixaba.


Entre o primeiro semestre daquele ano e este, no entanto, a despesa do pedetista com a cota parlamentar aumentou 34%.


Lelo, também por nota, informou o seguinte: “Uso os recursos disponíveis no estrito exercício do meu mandato, com foco e todo esforço na busca de boas políticas públicas. O único objetivo é contribuir para a melhoria de todos os capixabas, em especial os que mais precisam dos serviços públicos.”


 

Autor: Leticia Gonçalves | lgoncalves@redegazeta.com.br






 http://www.gazetaonline.com.br/_conteudo/2016/07/noticias/politica/3956126-em-ano-de-crise-reducao-de-gastos-de-deputados-capixabas-e-minima.html

 




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