No dia a dia, para trabalhar, os profissionais da área de saúde
utilizam roupas brancas. Essa “tradição” do branco pode ser explicada se
pensarmos que muitas doenças são ocasionadas pela falta de assepsia e, por essa
razão, a partir do final do século XIX, o uso de roupas brancas e limpas
viraram norma em hospitais.
Entretanto, percebam que nas salas de cirurgia os
profissionais utilizam roupas azuis ou verdes. Será que existe uma boa
explicação para isso ou seria apenas uma questão de “look do dia”?
Pra início de conversa, você já ouviu falar em “roda das
cores”? Trata-se de uma ferramenta importante que demonstra como as cores se
relacionam entre si. Nela, as cores azul e verde estão no extremo oposto do
vermelho, cor do sangue humano. Dá uma olhada:
Toparia fazer um teste?
Abaixo, observe fixamente durante 15 segundos a figura de um
belo e romântico coração vermelho. Em seguida, olhe para uma superfície
totalmente branca.
Eitha! Até já sei…
Apareceu um “fantasma” de um coração azul esverdeado, né?
Calma, eu explico.
Como já disse, as diversas nuances do vermelho estão, no
espectro de cores, no extremo oposto do azul e verde. Cores opostas produzem
uma ilusão de ótica conhecida por “fantasmas de cores complementares”, como
você acabou de comprovar em nosso teste do coração.
Muito bem…
Todos sabem que durante a cirurgia os profissionais olham
fixamente para o vermelho do sangue. Caso as roupas e paredes fossem brancas,
seria um verdadeiro festival de “fantasmas” azuis-esverdeados pra todos os
lados. Definitivamente, não seria fácil lidar com isso, principalmente em uma
situação tão delicada como uma cirurgia. Certamente, essa ilusão de ótica
prejudicaria muito a visão dos médicos, atrapalhando inclusive a concentração.
Segundo um artigo de 1998 do Today’s Surgical Nurse, a
ideia dos jalecos coloridos foi difundida no começo do século 20, e a partir
daí as roupas azuis ou verdes passaram a ser utilizadas nas salas de cirurgia.
A intenção era fazer com que esses “fantasmas” se fundissem com a cor do tecido
e fossem neutralizados. Não é que deu certo, gente…
Mas a coisa não para por aí. Especialistas afirmam que o
nosso cérebro interpreta as cores sempre em sua relação com as outras. Por
exemplo, se olharmos por muito tempo para uma cor somente – o vermelho do sangue,
no caso do médico – o seu sinal no cérebro fica “desbotado” e corre-se o risco
da perda de sensibilidade com as nuances entre os tons dessa cor.
Nessa situação, o uso de cores frias, como o verde e azul,
oferece uma constante atualização do cérebro, deixando-o mais sensível ao
vermelho, além de proporcionar conforto na visão, melhorando assim a
concentração desses verdadeiros heróis.
Bacana, né?
Até a próxima!
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