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segunda-feira, 25 de maio de 2020

O TRADICIONAL COLÉGIO RIO BRANCO COMEMORA 100 ANOS

Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda (Paulo Freire).


Fundado em 25 de maio de 1920, o Colégio Rio Branco realizou sua comemoração de 90 anos, em 2010, tendo à frente o diretor Luciano Augusto Bastos, ao qual dedicou sua vida, até o seu passamento no início em 2011. Neste mesmo ano, sob a  direcão das filhas Cláudia e  Paula, com o apoio dos outros irmãos, Francia e Gino, foi inaugurado o Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB), preservando o prédio, com recursos próprios, todo o acervo do educandário, e promovendo  a cultura em suas várias dimensões.

Há, portanto, 100 anos foi fundada esta autêntica Casa do Saber, com muitos motivos para se comemorar.

A HISTÓRIA DO COLÉGIO RIO BRANCO

Colégio Rio Branco Festeja 60 anos de fundação o tradicional educandário bonjesuense — Idealismo e grandeza Programações durante o ano.

O querido e tradicional Colégio Rio Branco, glória e orgulho de nossa torra, completa este ano cem anos de fundação. Foi em 1920, o inicio da jornada maravilhosa. A história do Rio Branco se confunde por vozes com a própria história da nossa cidade eis que sempre esteve presente aos grandes acontecimentos bonjesuenses. Em suas salas passaram gerações o gerações de honjesuenses e, como no passado, ai está hoje o Colégio e,agora Espaço Cultural Luciano Bastos, fomentando com muito idealismo a cultura na região. 

FUNDADO EM 1920

Foi em 25 do maio de 1920 que o Profº José Costa Junior, fundou o Rio Branco. Bom Jesus era na época distrito do município de Itaperuna. Havia terminada a 1ª Grande Guerra Mundial recentemente e a vila era próspera. José Costa Jr. era novato na localidade mas teve o lampejo de orlar uma escolinha primária que nasceu tímida e pequenina na hoje Rua Aristides Figueiredo, onde existiu mais tarde o Instituto Euclides da Cunha e que hoje é residência do Prof. Orlando Azeredo. Pouco depois chegava o Prof º Mário Bittencourt, cunhado do Profº  José Costa Jr. que ao mesmo se aliou, organizando a firma Costa & Bittencourt. O nome Rio Branco foi uma homenagem ao Barão do mesmo nome que era na época a figura mais popular do Brasil.

Foram sendo organizada bancas examinadoras que estiveram assim formadas: Professores Mário Bittencout, Acacio Azevedo, José Vieira Serodio, D. Nair Oliveira Borges, Da Amelia Ferolla e Da. Isaura Mendes, que constataram excelentes resultados dos alunos em todas as matérias do curso primário e do complementar.  Nesse ano de 1924, pela primeira vez prestaram exames preparatórios no Rio de Janeiro então Capital da República no famoso Colégio Pedro II, os alunos riobranquenses: João Poubel da Silveira, José Gomes do Carmo, Leonel Silva Pinto, Milton Baptista de Oliveira, Pedro Teixeira de Resende, Teophilo Chaves Tiradentes e Walter Castro Figueiredo. Todos os alunos foram aprovados, demonstrando a excelente formação do educandário bonjesuense. 

Continua a crescer

O colégio se desenvolvia e havia grande entusiasmo. Em 1925, já possui Internato e Externato e um semi-internato. Havia um uniforme de gala, todo branco, em estilo militar. O Colégio funciona em um prédio com seis amplas Janelas e à entrada ao alto havia uma artística tabuleta com o nome do Colégio e abaixo os dizeres (Internato e Externato). 

Os exames parciais de 1925

Em 1925, pregava-se a emancipação política do município. E nesse ano o fato importante foi a inauguração do Hospital São Vicente de Paula, ocorrido no dia 06 de janeiro, com a presença do Monsenhor Henrique Mourão. Padre Mello era o guia espiritual e atuava pela imprensa e tinha incontestável liderança comunitária. Octacílio de Aquino brilhava na imprensa e nos saraus e seus versos eram apreciadíssimos. “Havia na cidade o Grupo Teatral «Pedro Gonçalves da Silva», a Lyra Futurista e dois cinemas disputavam a preferência: Cinema Iris e Cine Theatro Bom Jesus». Olympico e Ordem e Progresso já “brigavam”. Nesse ambiente de animação e entusiasmo o Colégio Rio Branco já tinha papel importante na formação dos jovens bonjesuenses, preparando-os futuros líderes. No dia 15 de junho de 1925, foram realizados os Exames Parciais, envolvendo as matérias Caligrafia, Ditado, Aritmética, Leitura, Gramática. Prestaram esses exames os seguintes alunos: 1ª Série: Francisco Brambila, 2ª Série: Amelio Medina, Josslivo do Carmo, Elson Faria, Hilda. Liderando a educação foi criada a Companhia Militar do Colégio Rio Branco sendo uma vitoria das mais expressivas no Interesse da nossa juventude. Nessa época, em 1925 o comando da Cia. Militar estava entregue ao sargento do Exército Alceu Soares, O jornal “A Cidade” que aqui circulou em 1925 e que tinha como Diretor, José Ferreira Rabelo e Pedro Flores ,na edição de 14 de Maio, assim registrava:  “A gloriosa data 3 de Maio foi condignamente comemorada pela Cia Militar do Colégio Rio Branco, desta localidade. Os alunos em ordem militar, corretamente uniformizados de branco, partiram da sede do colégio às 10 horas percorrendo as principais ruas de Bom Jesus sob o comando do hábil sargento do exército Alceu Soares. Este passeio militar que provou mais uma vez a acertada orientação dos que dirigem esse estabelecimento de ensino deixou no coração dos bonjesuenses uma duradoura e agradável impressão causando em todos grande entusiasmo.

Banca Examinadora de 1926 – Presidida pelo Cel. Christiano Dias Lopes

Já fixamos a fase inicial do Colégio, publicando inclusive uma relação de alunos que prestaram exames em 1925. No ano seguinte, conforme ata existente nos arquivos, foram efetuados os exames finais do dia 1º a 174 de dezembro de 1926, com as seguintes Bancas Examinadoras: PORTUGUÊS, Presidente Cel. Christiano Dias Lopes, Examinadores: Dr. José de Oliveira Cunha e José Mendes Ribeiro. GEOGRAFIA: Presidente Profª Amélia Ferolla, Examinadores: Maria da Gloria Mello e Prof. Alencar Teixeira da Silva; MORAL E CÍVICA: Presidente, Dr. Jary Henriques da Silva; examinadoras: Prof. Mário Bitencourt e José Mendes Ribeiro. Os citados professores revezaram-se nas  bancas de GEOMETRIA, de “CIENCIAS PHISICAS NATURAIS” ARITMETICA E HISTORIA.
A ata registra o número de 89 alunos, havendo faltado aos exames 14 alunos e havido duas reprovações.

Festa de Encerramento

Transcrevemos a seguir o final da Ata que registrou o encerramento dos exames.
Após a distribuição das notas, diplomas da datilografia e as cadernetas de reservistas, o Sr. Presidente Cel. Christiano Dias Lopes, deu a palavra ao prof. Dr. Jary Henriques da Silva, que falou como paraninfo da turma “dactylographos”, em seguida usou da palavra o reverendíssimo Padre Mello que falou sobre a origem das máquinas. O 1º Sargento José Joaquim Sabach, que agradeceu e despediu-se dos recém reservistas e o prof Mário Bitencourt que em ligeiras palavras agradeceu ao povo de Bom Jesus o bom acolhimento que tem recebido da parte de todos. Nada mais tendo a tratar foi encerrada sessão sob estrondosa salva de palmas do seleto auditório que assistia a esta prova final nesta localidade, aos 15 dias do mês de dezembro de 1926. 

A referida ata foi lavrada pelo Secretário Alencar Teixeira da Silva.

Fonte: Blog O Norte Fluminense




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