Medida afeta tríplice viral, tetra viral, difteria adulto, HPV,
meningocócica C e hepatite A.
O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira
(3) a ampliação do público-alvo de seis vacinas oferecidas nos postos de saúde:
tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A.
Atualmente são oferecidas
gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) 19 vacinas recomendadas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Veja as mudanças, vacina a vacina:
Hepatite A
Como era: a idade
máxima para vacinação era até 2 anos.
Como fica: passa a ser oferecida para crianças de até 5 anos de idade.
Tetra viral:
Sarampo, caxumba, rubéola e
varicela
Como era: oferecida
na faixa etária de 15 meses até menor de 2 anos.
Como fica: passa a ser administrada de 15 meses até 4 anos de idade. O Programa
Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação das crianças com a tríplice
viral (sarampo, caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade (1ª dose) e aos 15
meses com a tetra viral (2ª dose com a varicela). Segundo o ministério, nos
países que adotaram o esquema de uma dose contra varicela (semelhante ao do Brasil)
houve queda acentuada do número total de casos da doença, de hospitalizações e
de óbitos a ela relacionados.
HPV
Como era: desde 2014, é oferecida para meninas de 9 a 13 anos.
Como fica:
agora, o público-alvo inclui meninas de 14 anos. A partir de 2017, passa a ser
ofertada também para meninos. Ainda este ano, além dos meninos, a vacina também
será oferecida para homens vivendo com HIV e Aids entre 9 e 26 anos de idade, e
para imunodeprimidos, como transplantados e pacientes com câncer. Desde 2015,
as mulheres (9 e 26 anos) que vivem com HIV/Aids recebem a vacina.
Meningocócica C
Como era: eram
oferecidas duas doses aos 3 e 5 meses e um reforço aplicado até 2 anos de
idade.
Como fica: o
reforço poderá ocorrer até 4 anos de idade. A vacina meningocócica C conjugada
também passa a ser oferecida a adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa-etária
será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e
adolescentes com 9 anos até 13 anos.
dTpa adulto
Como era: a
aplicação ocorria no fim da gestação.
Como fica: a
vacina adsorvida contra difteria, tétano e coqueluche (acelular) para adultos
passa a ser recomendada para gestantes a partir da 20ª semana de gestação. O
objetivo é que os bebês possam nascer protegidos contra a coqueluche, por conta
dos anticorpos que são transferidos da mãe para o feto, evitando que eles
contraiam a doença até que completem o esquema de vacinação com a vacina penta,
o que só ocorre aos 6 meses de idade. Mulheres que perderam a oportunidade de
serem vacinadas durante a gestação devem receber uma dose de dTpa no puerpério,
o quanto antes, mas essa situação deve ser evitada porque diminui a proteção da
criança.
Tríplice viral:
Sarampo, caxumba e rubéola
Como era: a 2ª dose era administrada até os 19 anos de idade.
Como fica: houve a
introdução da 2ª dose para a população de 20 a 29 anos de idade. Com essa
mudança, o ministério busca corrigir uma falha vacinal nesse grupo, levando em
conta a situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos, cujos surtos têm
atingido, principalmente, adolescentes e adultos jovens nessa faixa etária. O
ministério acredita que a adoção do esquema de duas doses para essa faixa
contribuirá na redução de casos da doença. Desse modo, duas doses contra
sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12
meses até 29 anos de idade. Para os adultos de 30 a 49 anos permanece a
indicação de apenas uma dose de tríplice viral.
Por G1
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