Prefeituras
detalham gastos com sinalização, montagem de palcos e pessoal durante a
passagem da tocha pelo Brasil.
O espírito olímpico toma conta de
centenas de cidades brasileiras durante a passagem da tocha. Milhares de
moradores param suas atividades para apreciar a passagem de um dos mais
importantes símbolos olímpicos. Por outro lado, sediar a passagem da tocha requer
uma estrutura de segurança, sinalização viária, alteração no trânsito, além de
atrações culturais em alguns municípios. Diante disso, quanto custa para uma
cidade seriar a passagem do fogo olímpico?
De acordo com dados apurados pelo
GAZETA ONLINE, os valores variam conforme a cidade. Em Cachoeiro de Itapemirim,
onde a tocha passou nesta segunda-feira (16), a prefeitura informou que desembolsou R$ 40 mil em poda de
árvores, serviços de conservação, nova pintura em determinados trechos e
atrações culturais.
Em Guarapari, onde a tocha passou nesta
terça-feira (17) o investimento direto e indireto informado pela prefeitura é
de R$ 100 mil, e engloba a instalação de palcos para atividades culturais,
banheiros químicos, poda de árvores, serviço de tapa-buraco em ruas e avenidas,
equipes de apoio, entre outros serviços.
As cidades também informaram que alguns
custos são compartilhados com os organizadores e patrocinadores do
evento.
Em Vila Velha, o custo aos cofres
públicos é de R$ 13 mil para a passagem da tocha nesta terça (17). A prefeitura
não detalhou os serviços que tiveram de ser feitos para abrigar o evento.
A capital Vitória informou que R$ 240
mil foram destinados pelo Ministério da Cultura para a realização dos shows na
cidade. O município, por sua vez, vai arcar com um investimento entre R$ 10 mil
e R$ 15 mil para serviços variados.
Outras cidades do Espírito Santo, como
Colatina e São Mateus, alegam que não terão custos para sediar a passagem da
tocha, já que contam com o auxílio de voluntários e não precisarão realizar
adequações para abrigar o evento.
Já Linhares informou que vai
desembolsar cerca de R$ 15 mil com a instalação do palco que será montado
próximo ao Fórum e a sonorização, exigências do comitê olímpico.
Aracruz, por sua vez, informou que os
custos serão de R$ 14.500 com instalação de palco, separador de público,
impressões de folhetos, camisas da organização e voluntários, fitas zebradas e
estrutura de som.
Cidades mineiras desistiram
O custo para sediar o evento olímpico
fez com que algumas cidades de Minas Gerais desistissem de participar no início
do mês. Ipatinga, Gouveia e Betim alegaram não ter dinheiro para bancar os
gastos. A prefeitura de Betim informou que teria de desembolsar R$ 180 mil para
participar do evento.
Em Brasília, a primeira cidade a
receber a tocha olímpica e onde foram realizados grandes shows, o custo para o
Governo do Distrito Federal chegou a R$ 4,3 milhões, sendo R$ 3,8 milhões
desembolsados pelo governo do Distrito Federal e o restante pago pelo Governo
Federal. A estrutura envolveu milhares de policiais e melhorias viárias, além
da estrutura para as atrações culturais na Esplanada dos Ministérios. A
passagem da tocha por Brasília durou 12 horas.
Em diversas cidades consultadas, o
custo informado pelas prefeituras gira em torno de R$ 20 mil.
Custo da tocha por condutor é de R$ 1985
O valor aproximado da tocha para cada
condutor é de R$ 1.985. A princípio, esse custo deveria ser arcado pelos
próprios condutores convidados pelos patrocinadores da passagem da tocha pelas
cidades brasileiras. No entanto, após uma campanha nas redes sociais, os três
principais patrocinadores (que têm direito de indicar condutores) chegaram ao
consenso de que iriam "presentear" os condutores com o pagamento
desse valor. Ao final do percurso, cada condutor tem a opção de comprar a tocha
para levar para casa.
Ao todo, 12 mil pessoas vão conduzir a
chama olímpica pelo Brasil nos próximos 95 dias, o que representa um valor
total de R$ 23,8 milhões. Os patrocinadores têm direito de indicar cerca de 6
mil condutores.
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